• Aumentam os riscos na Rua Guatemala onde erosão alcança calçada de pedestres

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  • 06/04/2016 10:10

    O dilema da rua Guatemala continua e vem assustando cada vez mais os moradores da região. Isso porque os deslizamentos de terra chegaram na calçada da casa nº 219, que está rachada. A vizinhança teme que o poste de iluminação pública seja atingido e aconteça algum acidente no local. Na última sexta-feira, a prefeitura concedeu autorização para a obra emergencial de contenção e,desde o fim de semana, um muro de gabião está sendo construído no espaço.De acordo com os moradores,os comentários na obra são de que as manilhas serão tampadas. Eles temem que a rede pluvial estoure caso realmente aconteça o fechamento, além do fato da calçada estar ameaçada e a rede de esgoto ficar exposta com a possível queda. O morador da casa nº 219, que preferiu não ser identificado,contou que ele e a esposa estão revezando em vigília,à noite. “Não temos para onde ir e o portão da frente é o único acesso à casa. Vai chegar a hora que vamos ficar presos ou para fora ou para dentro. Vigiamos a noite toda e qualquer barulho que ouvimos pensamos logo que acabou de cair tudo”, fala.Segundo a secretária da associação dos moradores do bairro Quitandinha, Amopaq,Eugênia Souza, os pedidos de apresentação do projeto já foram feitos diversas vezes, assim como também foi cobrado das concessionárias responsáveis pelo abastecimento de água e energia o motivo da não fiscalização da situação. Querem que Águas do Imperador e Ampla verifiquem o que está sendo feito no local. “Queremos ter acesso a todas as informações sobre o que os responsáveis vão fazer na nossa rua. Já fizemos contato também com a Águas do Imperador que é por causa do sistema de manilhamento das águas pluviais e disseram que não podem intervir, já que a obra é particular. A Ampla também já foi contatada e deve estar esperando o poste cair,mas não tem como ficar sem energia, pois um morador faz o uso de uma home care”,afirmou Eugênia.Para a diretora da Faeterj-Petrópolis e moradora do bairro, Lucimar Cunha, há ilegalidades na obra, que não atendeu a exigência prévia de estudo de impacto de vizinhança, prevista na Lei 7.167/14 do plano diretor do município. Lucimar também apontou como outro problema grave o projeto em curso ser realizado em área de classificação de parâmetro ocupacional.“O Superintendente da Receita Estadual n°3 (SRE3) não permite a instalação de empreendimento comercial de veículos automotores. No entanto, a inexistência de projeto de edificação aprovada pela prefeitura, a inobservância do plano diretor municipal, da Lei de Uso,Parcelamento e Uso do Solo(Lupos)e o não encaminhamento de projeto prévio ao Inepac solicitando autorização expressa para o empreendimento em atendimento a resolução da SECE 65/98 que estabelece a área de tombamento do entorno do conjunto paisagístico arquitetônico do Palácio Quitandinha demonstra a irresponsabilidade e a pouca preocupação do empreendedor com o direito urbanístico e a preservação do patrimônio natural e cultural”,declarou Lucimar.A Rua Guatemala está interditada desde a manhã do último dia 29 de março,porém desde o dia 8 de março a movimentação de terras no terreno vinha sendo paralisada pelo Núcleo de Fiscalização de Obras da Defesa Civil. O não cumprimento das ordens do poder público geraram um total de R$21 mil em multas.Ainda neste período,além da obstrução de toda a rua, o muro do imóvel vizinho cedeu. Por medo de toda a estrutura estar abalada, a família já não está na casa há quase um mês. De acordo com a Defesa Civil, o alvará da obra era apenas para demolição da casa. Cabe,portanto, ao proprietário do imóvel realizar as obras de contenção e reconstrução dos danos causados.

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