• Atleta aposta na intermodalidade para tornar-se ainda mais competitiva em provas dentro e fora do Brasil.

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  • 05/02/2020 18:26

    Há cerca de dois anos, quando a ciclista Giuliana Morgen iniciou sua carreira em provas de mountain biking XC, a aptidão física e a habilidade com a bike sempre foram dois de seus maiores destaques. Porém, a cada dia, as provas de cross-country olímpico (XCO) dentro e fora do Brasil tornam-se cada vez mais técnicas – atualmente, algumas pistas da Copa do Mundo UCI possuem obstáculos que, há alguns anos, só eram encontrados em competições de modalidades mais extremas como o downhill.

    De olho em conquistar seu espaço dentro e fora do Brasil em seu terceiro ano correndo pela Sense Factory Racing, a jovem petropolitana de 16 anos prepara-se para uma nova fase de sua carreira. Afinal, depois de estrear na categoria Juvenil e tornar-se bicampeã brasileira de XCO, bicampeã Pan-Americana de XCO, Campeã do Sea Otter Classic nos Estados Unidos e conquistar por duas vezes o título da Copa Internacional de MTB, a atleta prepara-se para correr na Junior, categoria na qual seu principal objetivo será a disputa de etapas da UCI Juniors World Series XCO, onde ela deve bater guidão contra as melhores atletas do mundo.

    Para encarar este novo desafio em nível ainda mais elevado, a atleta está apostando em uma nova arma desde o ano passado – participar de provas de Enduro, modalidade na qual o piloto deve vencer as subidas em um tempo máximo pré-determinado, com o foco voltado para as descidas. Nesta modalidade, vence quem tiver a menor somatória de tempo nas “especiais”, que são justamente os trechos cronometrados de descida.

    Enduro Vs. Cross-Country

    Em 2019, Giuliana Morgen participou de todas as etapas do Sense Enduro Cup, série com três estágios que contou como o primeiro campeonato nacional oficial chancelado pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC). Além de ser campeã na categoria Iniciantes, a atleta andou muito bem nas especiais, com seu tempo sendo muitas vezes melhor do que o da vencedora na Elite.

    Com uma temporada de bagagem e sessões frequentes de treino com Diego Knob, seu companheiro de equipe que é um dos mais destacados atletas da modalidade no Brasil e também sediado em Petrópolis, Giugiu já aprendeu que o enduro pode ser uma excelente ferramenta para o XC, além de uma grande fonte de diversão.

    “Minha habilidade na bike melhorou, mas o que mais senti diferença foi na confiança. Consegui ampliar uma visão que eu não tinha com a bike de XC. Em alguns lugares, por exemplo, eu não passava com bike de XC por medo de tentar, mas agora eu tento com a de Enduro e passo com a de XC, então minha habilidade deu uma melhorada”, comentou Giugiu.

    Além disso, ela explicou que a interação com atletas mais experientes como seu pai Albert Morgen e com o próprio Knob também são muito positivas, o que acaba melhorando ainda mais sua técnica.

    “Tenho andado bastante com os dois e, quando eu faço alguma coisa errada, eles me corrigem. Por exemplo, outro dia estava com dificuldade para descer uma trilha com um trecho cheio de raízes e acabei aprendendo que a gente só deve apertar o freio antes da raiz, assim a bike freia até mais do que se você for o tempo todo com o freio apertado”, comentou Giu.

    “Coisas deste tipo ajudam muito. Na hora que você está em uma corrida você resgata tudo o que você aprendeu e acaba utilizando aquele monte de informações que estão na sua cabeça”, complementou.

     

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