• Ateliê Hees

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  • 01/07/2016 12:00

    Philip Peter Hees (1841-1880) chegou a Petrópolis aos quatro anos de idade em companhia de sua mãe Anne Catharine Michel e de seu pai, o colono Christian Sebastian Hees, que vieram na primeira leva de colonos germânicos na cidade em 1845. Seu pai era marceneiro de ofício e hábil entalhador e trabalhou nas obras do Palácio Imperial desde o início até o final da construção.

    Pedro Hees, como era conhecido, aprendeu o ofício de fotografar na Corte e montou seu ateliê no Largo Dom Afonso denominado Photografia Popular. Em 1876, ele foi autorizado pela princesa Isabel e pelo conde d’Eu a usar o título de Fotógrafo da Casa Imperial e a colocar no seu estabelecimento as respectivas armas.

    Sua atividade principal era o retrato e a sua clientela era formada por políticos, diplomatas, comerciantes, membros da nobreza e da Família Imperial.

    Com a sua morte em 1880, aos 39 anos de idade, o ateliê foi arrendado a Antônio Henrique da Silva Heitor e, somente em 1888, seu filho Otto Frederico Guilherme Carlos (Petrópolis, 04/09/1870–Rio de Janeiro, 11/09/1941), com a ajuda de seu irmão Numa Augusto (Petrópolis, 07/02/1877–Niterói, 11/01/1961), assumiu o estabelecimento.

    Sua carreira como fotógrafo iniciou-se em 1888 e desde então teve como cliente a Família Imperial, sendo sua fotografia mais famosa o último retrato da Família Imperial tirado antes do exílio. Outra fotografia histórica de sua autoria é a do grupo de negociadores do Tratado de Petrópolis (que assegurou a posse do Acre ao Brasil) tirado na residência do Barão do Rio Branco, na Rua Westfália nº 5, em Petrópolis, após a sua assinatura em 17/11/1903.

    A firma Hees fotografou a maioria das famílias locais, as obras da cidade e registrou também as visitas de diversas personalidades que vinham passar temporadas na cidade, dentre seus clientes ilustres destacavam-se o conde de Afonso Celso, barão do Rio Branco, Oswaldo Cruz e outros. 

    Em maio de 1913, o ateliê foi reformado sendo responsável pela obra o arquiteto Pedro Zander, casado com Elisa Hees, irmã dos proprietários do estabelecimento. Após os melhoramentos o ateliê foi inaugurado na tarde de 8 de novembro, num evento bastante concorrido que contou com a presença do chefe do executivo municipal, de representantes da imprensa local e do Rio, e de outras pessoas gradas.

    Em 1º de novembro de 1918, o ateliê foi alugado ao fotógrafo Manuel Alves de Sampaio, cujo contrato findou em 31 de outubro de 1919 e, finalmente, o fotógrafo Frank Nietzsch assumiu o ateliê em 1920 (Praça da Liberdade, 236).


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