• Artistas protestam contra superfaturamento de contratos de shows

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  • 25/12/2018 08:00

     Artistas e produtores culturais voltaram a protestar contra casos de superfaturamento em contratos para a realização de shows em Petrópolis. O grupo denunciou à Câmara casos em que teriam sido criados feitos, pelo Instituto Municipal de Cultura e Esportes, pagamentos múltiplos por shows realizados em eventos do município. O local da manifestação é considerado pelos artistas exemplar para mostrar irregularidades e desperdício de dinheiro público: a Praça Dom Pedro, em frente a um pequeno palco de madeira do projeto Natal Imperial.

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    “Estamos mais uma vez nos manifestando e estamos em frente ao palco que custou aos cofres públicos R$ 327 mil”, comentou Pita Cavalcanti do Grupo Pessoal Aí. 

    O grupo de insatisfeitos com a administração de Leonardo Randolfo no IMCE vem aumentando, assim como as críticas aos contratos superfaturados e pagamentos irregulares. Eles denunciam a falta de pagamento dos artistas que trabalharam nos eventos petropolitanos. Alguns não recebem desde o Natal Imperial 2017 e, com as promessas de Randolfo, alguns aceitaram se apresentar em vários eventos ao longo deste ano, mas agora, com o fim do ano, viram que as promessas não foram cumpridas. “Nossa indignação é pelo descaso e as promessas não cumpridas e pelo gasto que vem sendo realizado com o Natal Imperial sem pagar os artistas”, comentou Diana Iliescu, membro do Conselho Municipal de Cultura.

    Na carta distribuída aos petropolitanos, os artistas e produtores culturais afirmam que “nos últimos dois anos, período de gestão do MDB, o que vemos na cidade é um descaso generalizado com a administração pública, mas principalmente em relação ao setor de cultura”. Ele voltam a afirmar que apenas os grandes são financiados e os artistas e produtores petropolitanos “ficam meses sem receber seus cachês”. O descaso com o Centro de Cultura Raul de Leoni também é denunciado pelos artistas, frisando que a sala de cinema “foi inundada pelas chuvas e está inutilizável, com muito mofo e equipamentos quebrados”. Eles chamam atenção de todos para o acervo da Biblioteca Municipal, que é grande e considerado um dos mais ricos em obras raras do interior do Estado “está em risco de perder-se para sempre”, por falta de cuidado e investimento.

    Os artistas procuraram esta semana a Câmara com objetivo de buscar apoio para abertura de CPI para apurar os gastos com o Natal Imperial, mas receberam um não da maioria dos vereadores que apoiam o governo municipal. Com o silêncio da bancada governista, os artistas petropolitanos tiveram apoio do vereador Leandro Azevedo (PSD) que vem apresentando ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) todas as denúncias sobre os contratos do IMCE. Os protestos dos artistas só começaram depois de o governo ignorar os problemas levados ao Conselho Municipal de Cultura.

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