• Área verde em Itaipava pode ganhar condomínio

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  • 04/03/2018 07:00

    Uma área de proteção ambiental localizada em Itaipava, atrás do Parque Municipal, pode abrigar um grande projeto imobiliário. Com cerca de 500 mil metros quadrados, o terreno, que faz parte da antiga Fazenda Bela Vista, pode ganhar prédios e casas. O empreendimento ainda precisa ser aprovado e licenciado, mas já há previsão inclusive de parceria com a Prefeitura para a execução de um plano de mobilidade urbana para a região, com a duplicação da Estrada União e Indústria e obras de infraestrutura na Rua Agante Moço, que fica atrás do parque.

    Segundo Fernando Schettino, advogado da Engeprat – empresa responsável pelo empreendimento – a previsão é que dentro de seis meses os estudos estejam finalizados. "O projeto ainda não está pronto. Estamos em fase de estudos ambientais e de viabilidade. A área é muito grande e, por ser de preservação, acreditamos que em apenas 15% do terreno poderemos construir. Por isso esta fase de estudos é demorada", explicou.

    O projeto imobiliário para a área começou a ser discutido em 2016, quando um plano piloto chegou a ser entregue à APA Petrópolis – unidade de preservação ambiental que faz parte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e que é responsável pelo licenciamento. Segundo o diretor da APA Petrópolis, Sérgio Bertoche, algumas alterações já foram solicitadas aos responsáveis pelo empreendimento e a entidade está aguardando a finalização dos estudos.

    "De acordo com a legislação, não pode haver supressão de vegetação em estágio médio da mata atlântica, por isso é preciso fazer os ajustes. De acordo com o projeto, os prédios ficariam na parte da frente e, na parte mais alta, os lotes para as casas. Neste ponto é preciso resguardar cerca de 95% da vegetação", explicou o diretor da APA Petrópolis. 

    A ideia inicial é construir 12 prédios de cinco andares cada. Já a área destinada às casas será dividida em lotes – haverá em torno de 60. Em nota, a Prefeitura informou que o projeto está em análise pelo Grupo de Análise de Empreendimentos (GAE) e pela Comissão Permanente da Avaliação da Lei de Uso, Parcelamento e Ocupação do Solo (Coperlupos).

    Projeto de mobilidade garantiria benefícios a toda a região

    O presidente da Novamonsanta, Jorge de Botton, reforça a necessidade de preservação da mata atlântica, mas acredita que o projeto de mobilidade urbana para o trecho em frente ao Parque Municipal, que está vinculado ao empreendimento, trará benefícios para o distrito. "Existem outros projetos imobiliários em execução em Itaipava, o que implica diretamente no trânsito. Acho que esse plano de mobilidade apresentado para o trecho entre o Horto Municipal até a entrada da Rua Agante Moço é uma boa solução para o trânsito", ressaltou.

    O projeto de mobilidade urbana já foi apresentado à Companhia Petropolitana de Trânsito (CPTrans) e prevê usar a Rua Agante Moço como rota alternativa para quem segue em direção ao distrito. A via usada seria uma rua ao lado do Hortomercado Municipal e o Corpo de Bombeiros, ligando a Estrada União e Indústria à Agante Moço. O projeto prevê ainda a duplicação e pavimentação da via que fica atrás do parque, a criação de uma ponte e também a desapropriação de um trecho em um condomínio localizado na saída da Agente Moço, já na Estrada União e Indústria. 

    Atrelado a esse projeto de mobilidade urbana também está a implantação de um trem turístico ligando Nogueira a Itaipava. O trajeto do trem usaria como base esse projeto apresentado à CPTrans como alternativa ao trânsito da região.


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