• Aprendizagem e renovação

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  • 16/11/2017 12:00

    Quando o MEC realizou, este ano, o exame de proficiência do Sistema de Avaliação da Educação Básica, concluiu que há um quadro generalizado de carências nas disciplinas ligadas à Leitura, Escrita e Matemática, a exigir providências imediatas de correção de rumos. Estamos longe dos níveis 3 e 4 (adequado e desejável) em Leitura. Em Escrita, os alunos que se encontram nesse nível não escrevem adequadamente a palavras. Em relação à produção de textos, os estudantes provavelmente não escrevem o texto ou produzem textos ilegíveis. No ano passado, 34% dos estudantes brasileiros apresentaram proficiência insuficiente na Escrita. A maioria dos estudantes é do Norte/Nordeste.

    Com relação à Matemática, onde temos ido muito mal nos exames internacionais, não conseguimos reconhecer nomenclatura de figura geométrica plana, nem o valor monetário de cédulas. Andamos mal no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o que pede providências elementares dos educadores, associados às autoridades do Inep, responsável pelos testes do SAEB.

    É claro que as providências devem ser tomadas desde a origem da educação básica. Daí a importância que se deve dar ao fenômeno da Aprendizagem, um dos elementos nucleares do que chamamos de Educação de Jovens e Adultos (Eja), que era o antigo ensino supletivo. Compunham esse quadro de elementos nucleares a Qualificação, a Suplência e o Suprimento, este último também conhecido como Educação Contínua ou Permanente. Não se pode e nem se deve descuidar de todos esses elementos, na educação brasileira. Ao contrário, estamos sendo chamados a cuidar com prioridade do aperfeiçoamento da nossa educação. Nisso, o Centro de Integração Empresa-Escola, como fazemos no Rio de Janeiro, se empenha ardorosamente, mobilizando seus professores e os quase 40 mil estagiários e aprendizes com que conta em seus cursos.

    Não se deve aprender Matemática sempre da mesma forma e no mesmo ritmo. Desde que o psicólogo B.F.Skinner, formado na Universidade de Harvard, inventou a primeira “máquina de ensinar”, nos idos de 1953, educadores devidamente antenados orientaram seus alunos a aprender cada qual em seu ritmo. Assim, o processo se caracteriza por tempos de euforia e desânimo, com a entrada dos computadores em cena. Critica-se o conservadorismo dos professores, mas elogia-se os herdeiros de Skinner, como Mark Zuckerberg e Bill Gates, que passaram a utilizar softwares para personalizar a aprendizagem, com uma verdade incontestável: a tecnologia educacional precisa estar a serviço do ensino, e não o contrário.

    Tais conceitos valem para 1,5 bilhão de crianças matriculadas na educação básica do mundo inteiro

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