• Após notícia-crime, Embelleze procura Procon para conciliação com alunos

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  • 09/06/2018 14:07

    Alunos do Instituto Embelleze em Petrópolis, que fechou as portas na segunda quinzena de abril sem aviso, conseguiram uma vitória na última semana: quem registrou queixa no Procon recebeu como proposta a devolução do dinheiro e/ou a entrega do certificado do módulo cursado. A solução foi apresentada pela matriz de São Paulo, após repercussão da notícia-crime apresentada pelo órgão de defesa do consumidor à Polícia Civil. Dez das 13 queixas registradas no Procon já foram resolvidas.

    As denúncias sobre o problema começaram a chegar no Procon no início de maio, logo após a empresa, que estava há anos em Petrópolis, fechar as portas. À ocasião, o órgão tentou contatar os responsáveis pela franquia no município, mas não houve sucesso na tentativa de resolver às demandas. A equipe também tentou contato com a matriz, que chegou até a atender as ligações, mas depois do tempo de resposta prometido, não realizou qualquer novo contato.

    “Foi aí que precisamos tomar uma atitude mais drástica, uma vez que todas as nossas alternativas, enquanto órgão de defesa do consumidor, já haviam se esgotado. Nossa denúncia se baseou no artigo 171 do Código Penal, em cima dos empresários responsáveis pela franquia, por estelionato. No documento entregue à polícia, esclarecemos todas as questões que nos levaram até ali”, explica o coordenador do órgão de defesa do consumidor, Bernardo Sabrá.

    A ação do Procon surtiu efeito, com a matriz entrando em contato e propondo que o dinheiro fosse devolvido aos clientes ou o certificado do módulo entregue. São pessoas como o adolescente Leandro Corrêa, de 17 anos, que fazia o curso de barbeiro. Com o investimento devolvido, ele terá a oportunidade de se matricular em outro curso profissional para se capacitar para o mercado de trabalho. Sua mãe, Dalva de Jesus Corrêa, explica que não esperava uma solução tão rápida.

    “Já havia feito o pagamento de sete parcelas do curso e, quando eles fecharam as portas, fiquei desesperada, com medo de ter perdido o dinheiro e que meu filho não tivesse a formação prometida. As aulas já estavam cada vez menos frequentes. Ele chegava no curso e não tinha aula, o professor faltava, ou as aulas acabavam cedo. Pelo menos agora teremos a oportunidade de investir o dinheiro em outra coisa. Foi a primeira vez que precisei do órgão e fui prontamente atendida. Vou indicar para todo mundo que tiver sido lesado”, conta Dalva.

    O gestor de operações da matriz da Embelleze, André Ferreiro, explica que as conciliações foram feitas para minimizar o impacto negativo em torno da marca, uma vez que, embora tenha sido uma filial com administração independente que tenha deixado os alunos sem respostas, a matriz, responsável pela Embelleze, quer preservar os alunos que acreditaram no nome e na história por ela representada. “Estamos fazendo o máximo possível para resolver a questão”, explica.

    É possível fazer denúncias ao Procon pela página do órgão no Facebook, o Procon Petrópolis; e pelo site www.petropolis.rj.gov.br/procon. Há, ainda, o WhatsApp Denúncia, no número 98857-5837 ou os telefones 2246-8469 / 8470 / 8471 / 8472 / 8473 / 8474 / 8475 / 8476 e 8477. Atendimento presencial pode ser realizado na unidade do Centro, que fica na Rua Moreira da Fonseca, nº 33. A unidade de Itaipava localizada no Centro de Cidadania, que fica na Estrada União e Indústria, 11.860. Os telefones da unidade são 2222-1418, 2222-7448 e 2222-7337.


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