• Ambos, não polidos

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  • 19/02/2020 14:45

    O processo eleitoral que vem transcorrendo nos Estados Unidos desperta a atenção de todo o mundo especialmente das grandes nações, tais como a China, a Rússia, sem falar em países da Europa. Os republicanos, ao que tudo leva a crer, continuarão no exercício do poder tendo à frente o atual presidente Donald Trump, levando-se em conta as prévias que vêm sendo promovidas no âmbito do Partido Democrata com objetivo de escolher o candidato que disputará a Casa Branca juntamente com Trump. 

    Todavia, a finalidade destas linhas não se restringe tão somente com relação ao tema retro ventilado mas, também, no tocante ao que ocorreu na Câmara dos Deputados há quinze dias passados – e continua sendo objeto de comentários – exatamente quando lá esteve presente com a finalidade de apresentar sua defesa, o atual presidente em razão do impeachment que passou a responder perante àquela Câmara, fato e razões sobejamente ventilados pela imprensa de todo o mundo. 

    Não posso negar que me chamou atenção o que ocorreu naquela Casa, primeiramente no que concerne quanto a “defesa” do chefe do Estado Americano, já que através de discurso eminentemente político, parece ter convencido à imensa “plateia”, com vistas a próxima eleição presidencial.

    Assim é que, pela televisão, assisti a todo o pronunciamento da referida autoridade, principalmente visando relatar acerca das vitórias e êxitos conquistados pelos americanos. A assembleia composta por parlamentares pró e contra o presidente, além de outras personalidades e autoridades presentes, não se cansaram de aplaudi-lo, de pé, pelo menos umas cinquenta vezes, gesto, sem dúvida, que marcou o “discurso” presidencial.

    Às suas costas, o vice-presidente a aplaudi-lo e a seu lado a discreta presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi. Ambos a assistirem o orador a usar da palavra com objetivo de enaltecer o seu governo, aproveitando o momento para prestar homenagens a algumas personalidades que lá se encontravam, até que merecidamente reconhecidas, talvez em “palco” que não fôsse o apropriado. 

    O que pude concluir a respeito de tudo que se deu naquele espaço, relaciona-se até um pouco com a nossa Câmara Federal, uma vez que pude perceber até um deputado democrata “tirar uma soneca”. 

    Entretanto, concluí, outrossim, que as exponenciais figuras que faziam parte de todo o contexto, não eram pessoas das mais polidas, especialmente o presidente, que a meu ver, ainda que não comungasse com as ideias e posicionamentos da deputada presidente Pelosi, nunca poderia ter se negado a estender-lhe a mão; total grosseria e falta de educação, justamente no momento em que adentrara ao recinto entregando o discurso que faria às mãos da deputada, é verdade que aliada aos democratas, porém autoridade que merecia o devido respeito. 

    O vice-presidente e a deputada, ao que notei, poucas palavras trocaram antes que se iniciasse o discurso presidencial no suntuoso ambiente. Naturalmente, ofendida com o gesto do orador, tosco e de total indelicadeza, não perdeu tempo para no final de todo o “espetáculo”, rasgar e fazer “picadinho” o discurso que recebera da excelência maior, a figura controvertida de Trump. Por isso certo estava o poeta quando escreveu: “A força bruta e a bravata / não se escudam na razão, / são argumentos de quem / não tem qualquer formação”. 

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