• Alegria com o sucesso alheio

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  • 12/04/2018 13:00

    Acordo no meio da madrugada com alguma coisa martelando na cabeça – nada demais, apenas a alegria de reconhecer os valores alheios. É a alegria que sinto em constatar tal feito num semelhante, principalmente, nos amigos. É a humildade de ver no próximo, qualidades que não possuo, mas nem por isto com inveja ou recalque – é dar ao semelhante o valor que merece, sem bajulação – palavra que não faz parte de meu dicionário interior, tal qual orgulho e vaidade. 

    Quanta alegria nos traz ao ver alguém que, com facilidade, compõe um belo poema ou desenvolve bem o tema de uma palestra a que se propõe. É confortante tal satisfação. Me realisei, conforme escrevi numa crônica, pelo trabalho dedicado de Paulo César dos Santos ao lançar seu livro “Poetas Petropolitanos, uma Saudade” e que, depois nos brindou com mais outro –  “Onze Poetas Petropolitanos, uma Seleção de Ouro” – que dispensa comentários para não ser redundante. Assim, sempre enalteço os trabalhos de amigos poetas, de hoje e de ontem, com produções de qualidade. São muitos os que atingem a meta, como temos que reconhecer a dedicação e competência de Vera Abad na difícil recuperação dos valores da ABP, bem como a atuação de Gerson Valle na presidência da APL, mesmo com todas as dificuldades inerentes aos dois cargos.

    Mas a grande alegria e que me tirou o sono, foi a rápida escalada de meu neto Daniel que, após um ano de estágio no jornal O Globo, foi selecionado para treinamento de três meses e efetivado já no primeiro e, após seis meses, transferido para Brasília, a fim de se preparar para o tumultuado ano político que se avizinha para 2018. Agradeço esta dádiva divina que muito me honra e uma alegria que transborda do coração de todos nós. Meu neto que aos 9 anos desejava ser paleontólogo.

    Segundo os princípios kardecistas, a evolução pelas reencarnações se, de um lado são realizadas para resgatar dívidas passadas, também as há para missões determinadas por instâncias superiores. Portanto, tanto uma como outra, sua missão promete, sendo que deve ter trazido seu lado positivo pela perseverança e dedicação, além duma perspicácia original pois, ao 5 anos, elogiando um quadro que eu pintava, questionou – “Vovô por que você não colocou o homem sentado desenhando – porque não quis ou porque não sabia fazer?” e lhe respondi – “Pelos dois motivos”. Este é meu neto que, apesar da pouca idade, ruma para uma nova etapa inesperada, mas que por certo terá a proteção dos céus pois não podemos antever nada para diante. E com este pequeno detalhe particular, talvez Deus nos envie para que tenhamos esperanças num futuro melhor com estes jovens que despontam. Que Ele os ilumine para que acreditemos no porvir, apesar dos tumultos atuais. Amém!

    jrobertogullino@gmail.com

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