• Aberrações de nossa cidade

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 17/11/2017 12:00

    Um dos locais mais tradicionais e bonitos da cidade, a Praça Visconde de Mauá, virou espaço de eventos para agradar ao povão e agredir o logradouro que sempre foi um cartão postal de Petrópolis. Sua decadência começou quando se permitiu transformá-la em área de lazer para os bebês e seus papais irresponsáveis que destruíram o belo gramado. Depois vieram os desajustados usuários de drogas – tudo isto com a complacência do poder público e da Câmara de Vereadores, que deveriam ter exigido respeito, mas pouco se importaram quando poderiam se valer de sua autoridade. Mas todos empurram tudo com a barriga e deixam as águas rolarem. Apesar da autoridade que deveriam possuir e dar o exemplo, mancomunam-se com o relaxamento das pessoas displicentes.

    No último dia 10, era impossível de se transitar pelo local, com pessoas agrupadas nas calçadas, impedindo às pessoas o direito de transitarem, sem qualquer sinalização de como se poderia chegar à entrada do Centro de Cultura, onde se realizava uma exposição, com mais de 200 pessoas presentes e cujo acesso foi um pequeno corredor às escadarias do edifício além de um barulho ensurdecedor com música a todo volume. Infelizmente, independentemente da classe social, todos são individualista e acham que podem se dar ao direito de impedir a circulação de pessoas – até idosos –  que por ali passavam ou os que se dirigiam ao Centro de Cultura. Infelizmente, no princípio de liberdade sempre há que ter um limite pois já diz o velho ditado que “nosso direito vai até onde começa o do outro”. É um princípio básico  mas para quem tem bom senso, educação e respeito – o que poucos têm, independente da classe social.

    É lamentável que o poder público assim se comporte achando que vai agradar seu eleitorado, despindo-se de princípios que os cargos exigem. É nossa cidade, turística por excelência, mas que deixa a desejar e, certamente, decepciona muitos visitantes mais observadores quando vêem o desleixo com que tratam os diversos pontos visitados, inclusive o péssimo estado do gramado nos locais que, para efeito fotográfico do turista, deixa as vísceras do descaso à mostra. De nada adianta refazer-se tais gramados que nada perdura  pela falta de educação de um povo, por isto, melhor seria cobrir o gramado com lajotas em toda  a praça que seria menos dispendioso. E alguém vai dizer – “mas a praça é tombada” – e se assim é, exija-se que seja mais cuidada e preservada.

    Dizem que vivemos numa democracia, o que não é sinônimo de desrespeito, relaxamente e muito menos de bagunça, portanto, que cada um se conscientize e que zele mais pelo bem público – a começar pelos que se intitulam de autoridades para que a cidade não se transforme numa desordem total e caótica.

    jrobertoguillino@gmail.com


    Últimas