• A vitória dos Silvas

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  • 29/08/2016 12:00

    Os jogos olímpicos Rio-2016 permitiram uma reflexão sobre a nossa capacidade de superar problemas. Apesar das dificuldades que atravessamos, uma grave crise política e econômica, conseguimos, dentro do possível, mostrar ao mundo a nossa alegria, a nossa versatilidade. Todos viram que somos “abençoados por Deus e bonitos por natureza.” Mas a beleza maior está no povo, que tem a cordialidade entre as suas virtudes.

     Neste momento tão difícil, em que muitos que atuam na gestão política deste País adotam um comportamento decepcionante, conseguimos mostrar ao mundo a beleza da nossa cultura. Ficou nítida a diferença entre o comportamento do povo e a conduta de certas autoridades que, “em tenebrosas transações”, subtraíram as riquezas da Pátria. Colocaram, em paraísos fiscais, fortunas que hoje fazem falta nos hospitais, nas escolas, nas estradas. “Mas, se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta”. O penhor da igualdade conseguiremos com braço forte, porque em nosso peito há o amor à liberdade. Por isso sabemos sorrir, mesmo sentindo dor. 

    O Sol não pede licença para nascer. A nossa vontade de manter o povo livre da miséria nos faz caminhar “cantando e seguindo a canção”. Com isso, o orgulho de ser brasileiro cresce, quando enxergamos a nossa bandeira no pódio, porque conhecemos a história deste povo.

     A nossa olimpíada é no dia a dia. Sim, “somos todos olímpicos”, porque a nossa luta é pela sobrevivência, porque muitos não conseguem nem mesmo um prato de comida. Não há como pensar em medalhas faminto. São raras as possibilidades dos que ganham “bolsa família” chegarem a ganhar o Bolsa Atleta Pódio. Tais bolsas estão entre cinco mil a quinze mil reais. Essa ajuda tem a finalidade de apoiar atletas com chances de disputar finais e medalhas olímpicas e paraolímpicas.

    Os resultados do programa Bolsa Atleta foram bons, embora a meta esperada não tenha sido alcançada, ficar entre os dez primeiros colocados. Porém o número de medalhas obtidas por brasileiros foi maior do que em outros jogos. Entre os beneficiados com essa bolsa, está Isaquias Queiroz, baiano de Ubaitaba, o primeiro brasileiro a ganhar três medalhas em uma só olimpíada.

    Para sintetizar, basta dizer que dos 19 pódios obtidos nas Olimpíadas Rio-2016, 13 competidores pertencem ao Programa de Atletas de Alto Rendimento (Paar) com o incentivo das Formas Armadas, fato este que os levou a prestarem continência no pódio. É válido ressaltar que essa atitude foi espontânea, não são obrigados a isso. Eis os atletas que participaram desse programa:  Felipe Wu (prata no tiro esportivo), Arthur Nory (bronze na ginástica artística) e Arthur Zanetti (prata); Thiago Braz (ouro no salto com vara), Robson Conceição (ouro no boxe), Ágatha/Bárbara (prata no vôlei de praia), Rafaela Silva (ouro no judô), Mayra Aguiar (bronze) e Rafael Silva (bronze no judô); Poliana Okimoto (bronze na maratona aquática), Martine/Kahena (ouro na vela), Bruno/Alison (ouro no vôlei de praia) e Maicon Siqueira (bronze no boxe).

    Não resta dúvida que esse programa motivou os atletas. Mas é preciso que se tenha um trabalho de base, junto às escolas e nas comunidades carentes. Um atleta de alto rendimento não nasce de uma hora para outra. Muitos deles se dedicam não somente por amor à Pátria, mas também pelo fato de ver, no esporte, uma mudança de vida. Aspiram a uma condição de vida melhor para si e para sua família. 

    Outro ponto que se evidenciou, foram as manifestações de fé. Muitos agradeceram a Deus as vitórias conquistadas.

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