A vida após o Covid-19: paciente relata o período de recuperação
“Meu filho disse que dias antes da minha alta sonhou com Jesus. Ele dizia que eu retornaria para casa na sexta-feira, dia em que eu realmente recebi alta hospitalar. Foi algo muito forte e que até hoje nos emociona.”, relembra Rafael Louro, de 35 anos que venceu a Covid-19 e está há 4 meses em um processo de recuperação do vírus.
Internado às pressas no Hospital Unimed Petrópolis em março deste ano, Rafael Louro não sabe ao certo como contraiu a doença, mas os agravos provocados pela Covid-19 ainda estão presentes em sua memória e de seus familiares. A esposa de Rafael, Cíntia Hutter, explica que foi essencial o apoio fornecido pelas equipes do hospital durante o período de internação de Rafael. Ele passou 28 dias internado, sendo que 25 deles, em estado grave na UTI.
“Ele ficou em estado grave e o medo da perda era muito grande, mas eu contei com o apoio dos profissionais que cuidaram dele e tive muita fé para que tudo ficasse bem.”, relata Cíntia Hutter.
Apesar de ter recebido alta há 4 meses, Rafael Louro ainda não está 100% recuperado da Covid-19. O fato de ter ficado entubado por muitos dias provocou algumas limitações que ainda o impedem de ter uma vida “normal”.
“Eu ainda não me recuperei totalmente, e por isso, faço fisioterapia respiratória e reabilitação motora. Mesmo com essas dificuldades, agradeço a Deus e aos profissionais, que lutaram pela minha vida.”, conta Rafael.
Rafael Louro completou mais um ano de vida em maio e conta que a comemoração da data foi a realização de um desejo – se reunir com os familiares.
“Foi um momento muito importante para mim, pois eu pude passar o dia perto do meu filho e minha família, assim como nesse último domingo, Dia dos Pais. Muitas pessoas não acreditam na gravidade desse vírus, mas adotar as medidas preventivas é essencial. Acordar todos os dias é uma grande vitória.”, disse Rafael.
O presidente da Unimed Petrópolis, Rafael Gomes de Castro, alerta aos clientes e a população de Petrópolis quanto a gravidade da infecção provocada pela Covid-19.
“Temos pacientes que dão entrada pouco sintomáticos, mas que podem se agravar na evolução da doença. Como também atendemos os pacientes que já chegam graves, que necessitam de cuidados intensivos e que, por muitas vezes, acabam passando por um longo período de recuperação pós alta hospitalar, devido a agressividade deste vírus, por conta disso, precisamos alertar a todos que esse vírus não tem cura e que o uso de máscaras e a higienização correta das mãos salvam vidas”, disse Rafael Gomes de Castro.
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