• A saúde mental em um período de pandemia

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  • 28/04/2020 12:00

    Neste momento de isolamento, precisamos falar sobre algo importante e que afeta inúmeras pessoas em nosso município: A saúde mental. Por muito, este tema é deixado de lado, além de faltarem investimentos sérios no segmento em nossa cidade. Porém, principalmente agora, precisamos valorizar ainda mais esse setor, tal como valorizar os profissionais que atuam na área. A valorização do segmento sempre foi uma defesa do meu mandato.

    A necessidade de um planejamento amplo e competente acerca da saúde mental pública, de como tratamos o tema, é de grande relevância para toda a sociedade. Quando falamos desta área da saúde, não falamos de algo isolado, porém, de um segmento que se desdobra em outras áreas. Inclusive, em meio a uma pandemia. Este tratamento se torna algo importante para fortalecer os elos familiares daqueles que estão em isolamento e, ao mesmo tempo, respaldar aqueles que estão sofrendo com casos da COVID-19 em pessoas próximas.

    Precisamos falar de como tudo isso poderá afetar as nossas vidas. Vejo que muito do que tínhamos certeza há pouco tempo atrás se torna algo incerto: O trabalho, os laços, as conexões. Neste período de isolamento do mundo, neste momento, muita coisa irá se transformar. E, todo esse impacto, gera uma necessidade de tratarmos, ainda mais, a saúde mental com a seriedade devida.

    São inúmeras pessoas que estão perdendo seus empregos, conflitos sendo explicitados pelo confinamento. São inúmeros fatores que fazem deste momento um período que se torna necessário este diálogo. E a questão que devemos fazer é: Estamos preparados?

    Nas últimas ações que tomei em relação a saúde mental, tal como as fiscalizações nos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPs), no Ambulatório de Saúde Mental, no setor de emergência psiquiátrica do Hospital Municipal Nelson de Sá Earp, eu afirmo que precisamos fazer muito mais pela saúde mental em nossa cidade. E isso começa na valorização dos profissionais e nos investimentos infraestruturais. É necessária também a ampliação da ação, chegando mais próximo dos bairros mais afastados e distritos da nossa cidade. 

    Ainda não sabemos os impactos que a atual crise terá em nossa cidade, serão necessários meses ou até anos para podermos enxergar o cenário, de fato, após essa crise. Mas precisamos prevenir antes que remediar. Na verdade, é importante reafirmar que, quando tratamos da atenção psicológica, a prevenção salva vidas.

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