• A partir de sexta-feira supermercados poderão cobrar pelas sacolas plásticas

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  • 24/12/2019 12:00

    A partir da próxima sexta-feira, todos os supermercados do estado estão autorizados a cobrar pelo fornecimento das sacolas plásticas utilizadas pelos consumidores para guardar as compras. A gratuidade nas duas primeiras unidades deixa de vigorar na quinta-feira, conforme prevê a Lei Estadual número 8.473. Foram seis meses de prazo para adaptação dos estabelecimentos e também dos compradores.

    O coordenador do Procon Petrópolis, Bernardo Sabrá, explica que apesar da autorização para a cobrança, o valor repassado aos clientes tem que ser o de custo da sacola, que em média é de R$ 0,05 a R$ 0,07. “Nosso alerta é para que fiquem atentos ao valor repassado, que não pode ser superior ao preço de compra pelo estabelecimento. Se o consumidor se sentir lesado, ele pode e deve denunciar ao Procon que há alguma irregularidade, para que possamos fiscalizar e tomar previdências”, disse Sabrá.

    A lei que proibiu os estabelecimentos comerciais com mais de 10 funcionários distribuíssem sacos ou sacolas plásticas descartáveis compostas por polietilenos, polipropilenos e/ou similares entrou em vigor em junho deste ano. Desde então, os estabelecimentos tiveram que substituir os modelos tradicionais pelos biodegradáveis e passaram a ter permissão para cobrar por elas.

    Apesar de a cobrança estar autorizada, alguns estabelecimentos ainda não decidiram se vão passar a cobrar pelas primeiras duas unidades. “A nossa central ainda não nos informou como será o procedimento. Acredito que até quinta saberemos como será a nossa posição com o fim do prazo da gratuidade”, disse o gerente de um supermercado na Rua Marechal Deodoro, Felipe de Souza.

    Para os consumidores, a lei trouxe mudanças de hábitos e muitos passaram a fazer as compras levando sua própria sacola. “Eu sempre usei as sacolinhas do mercado, agora temos que nos adaptar e ter onde levar as nossas compras”, disse a analista de sistema Michele Fortunato, de 25 anos, que estava comprando sacolas retornáveis para armazenar os produtos. “É uma mudança de hábito, né”, comentou.

    De acordo com a Associação de Supermercados, desde que a lei entrou em vigor, cerca de um bilhão de sacolas plásticas deixaram de ser distribuídas no Estado. Antes da regra, estima-se que, por ano, cerca de quatro bilhões eram distribuídas no Rio de Janeiro. Com a aplicação da Lei, esse número caiu para pouco menos de 200 milhões de sacolas/mês.

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