• A Luz do Natal

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  • 24/12/2017 08:00

    Nesse período natalino, o consumo de energia elétrica aumenta. As cidades, as residências ficam mais iluminadas. Há uma ornamentação em que a luz elétrica é usada de forma decorativa em clima de festa, impulsionada por apelos comerciais. Mas não se pode generalizar, porque nem todas as pessoas embarcam nessa onda do consumismo desenfreado. Existem aquelas que acreditam em outra Fonte de Energia que faz brilhar a Luz que ilumina o viver: Deus. 

    25 de dezembro é uma data simbólica. Até hoje não há nada que possa comprovar que Jesus nasceu no citado dia, porém essa data é usada para registrar a vinda dAquele que mudou a história da humanidade. Há o antes de Cristo (a.C.) e o depois de Cristo (d.C.). Isso na nossa história, porque para Deus, não há tempo nem limites espaciais.

    O certo é que Jesus deveria nascer a cada dia dentro de nós.  Os votos de paz e felicidade deveriam ser constantes, não somente nesse período.  Porém o que predomina hoje nas relações entre os homens está marcado por atitudes egoístas e agressivas.  A guerra, o terrorismo, a exploração do homem pelo próprio homem não seguem os ensinamentos de Jesus, que foi bem explícito quando disse: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.” (Jo.15,12,13).  

    Não tenho dúvida que os “frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, continência.  Contra estes não há lei” (Gálatas 5.22-23). Cheio de Graça é o Ventre que gerou o Filho de Deus. Confesso aqui a minha fé, pela qual, alimento a esperança de ver os frutos citados entre os homens. Por isso reafirmo: o natal não consiste em uma data específica. Não há tempo predeterminado no calendário para gerar o amor a Deus dentro de nós.

     O “Sim” de Maria mudou o curso da história dos homens. É por essa vertente que considero o natal fruto de uma atitude de amor. Por isso que, apesar de toda essa exploração comercial que há em torno dessa data, ainda existem momentos em que as pessoas, por alguns instantes, são levadas a pensar nas relações afetivas, principalmente no âmbito familiar. 

    A verdade é que o 25 de dezembro é uma data que foi assimilada pelo cristianismo. O nascimento de Jesus passou a ser comemorado por volta do ano 354. Antes, no citado dia, era comemorado o “Natalis Solis Invicti” (nascimento do Sol invicto), uma homenagem ao deus persa Mitra, que se tornou popular em Roma, ou seja, tratava-se de uma festa considerada pagã, na qual havia as comemorações durante o solstício de inverno. Em função da região, onde isso se propagou, tem-se essa contextualização glacial com neves, trenós e renas, bem diferente das nossas características tropicais.

    Já a ideia do presépio é atribuída a São Francisco de Assis. Tem-se notícia de que o primeiro foi criado em argila no ano de 1223. O fato é que, através da estrutura da manjedoura, procura-se materializar a simplicidade do nascimento do Menino que se tornou o “Caminho, a Verdade e a Vida”.

    Na época em que Jesus nasceu, predominava a cultura patriarcal, por isso é essencial a reflexão sobre a conduta do carpinteiro José que, no silêncio e na discrição, protegeu a família, foi o Pai adotivo exemplar. 

    Caro leitor, a família ainda é o ambiente em que se deve cultivar o amor, por isso está no alicerce da sociedade.  Eu acredito que Jesus é a Luz do mundo. Quem O segue, nunca andará em trevas, terá a Luz da vida. Esta Luz não se apaga e é de graça; que ela brilhe eternamente no seu caminho e de sua família.

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