• A importância de ser honesto

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  • 05/04/2017 12:00

    Diante da nota do dia 25, na coluna “Les Partisans”, de militantes tentarem coagir turistas a não usarem as vitórias, me veio um odor fétido de comuno-petista na tentativa de alcançar seu intento na base da força e não da razão. Mas, eu também questiono turista sobre o assunto e de um recebi a resposta que, “caso retirem as vitórias, não mais virei à cidade pois ela me segue desde a infância – meu pai me trazia aqui, trouxe meus filhos e agora os netos”. 

    Assim, existem princípios básicos dos quais não podemos fugir nem nos desvencilharmos – ninguém pode ser sincero e honesto de opinião se não for primeiro consigo mesmo. Portanto, o Legislativo tem que ser sincero e reconhecer que o problema das vitórias não é o mais premente da cidade para se dedicarem com tanto afinco e persistência há mais de ano. Pelo que sei, os cavalos são submetidos a exames médicos trimestrais  (o que nos foi esclarecido numa reunião informal e confirmado em recente reportagem). Assim, recebem muito mais cuidados que idosos e crianças que habitam esta terra de Pedro e carecem de tal cuidado, se inexiste saneamento básico nas periferias além do transporte deficitário. 

    Cavalos são usados como transporte há milênios, como os bois eram usados nas lavouras. Em todas as partes do mundo charretes são utilizadas para o turismo, como é um atrativo para nossa cidade.  A sua eliminação vai contra o bom senso ao tão apregoado turismo e a pretensão de um plebiscito com habitantes locais será inócuo, se poucos se importam (como sempre) – mas sim com os turistas, como sempre questiono quando possível.

    De Petrópolis já destruíram a malha ferroviária, de saudosa memória, que dava um toque especial à cidade. Destruíram a bela estação “Dona Leopoldina” que acolhia os passageiros e a transformaram num horror de cimento armado, de péssimo gosto e inócuo ao que se propõe nos dias atuais. E quem aprovou tal mudança, na época, o Legislativo? Já destruíram os belos casarios em nome de um suposto progresso que, no fundo, não passa de ganância comercial. Já destruíram, por força climática, as belas hortênsias que adornavam os jardins em tempos passados. E o que mais querem fazer com o último resquício da nossa tradição – sua extinção total no papel de verdugos e coveiros?

    Se não se usam parâmetros, há que se suspeitar de tanto empenho de quem não se importa com assuntos mais relevantes (como tais militantes) pois, na mentalidade da maioria, as vantagens vem sempre na frente – ou não?

    jrobertogullino@gmail.com





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