• A história do Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, em poesia

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  • 24/11/2020 12:00

    O espírito do Rio riu…
    Quando em âncora as naus atônitas fitaram as exuberâncias das águas que cantam no Éden do Brasil!

         Sim, o espírito do Rio riu…
    Quando a primeira Expedição o descobriu…
         O vento veloz ressoava na voz de uma magnitude-pós… 
    suporiam ser Foz aquela beleza após- elogio!… Beleza além e bem aquém do que alguém já mediu!

         Ó beleza em alta vista,… Em candura!
    Aqui, vê-se o mar em dança espetacular, no balé da natureza classicar e valsar em espumas…!!!
         Mar esplendoral em nota harmonial… E até o seu sal tem doçura !!!

         E a mão do mar tateando a areia que, brilhando, segue bordando as águas que ondulam com ternura pura!
         Ondas espumosas…
         Crochêteadas nas bordas por artes divinosas…
         Bordadas por águas ondulosas…Luminosas…
         Regidas à luz espantosa da lua!

         São artes magnas e agnas…
         De uma mão apta que adapta a divinal manufatura!
          Até sua ventania marinha tem a artesania em linhas sobrepuras!

        
         Pressupor-se-ia uma Foz que caía na bela baía, de um “rio” que ria…entre melodias, em noites e dias mil!

         Na porta prelúdica do Pão de Açúcar… Águas em núpcias com as músicas de belezas últimas, em cores púrpuras, múltiplas, anil em brio!!!

         O Espírito de Rio continua fluindo…
    Os mares continuam sorrindo em sons lindos…
    O Rio continua rindo…
     Continua, a paisagem, no último nível da arte exibindo… o perfil !

         A beleza em sua última tecnologia natural…
    O espírito das maravilhas se maravilha ante sua Ilha descomunal!
    Cidade Maravilhosa em laurel…Onde Deus ensaiou para criar o Céu!
    És um Céu filial…

         E os olhos do Oceano admirando teus mares protagonizando o balé da onda mareando em fineza a posturar !
         O sol orante, com suas mãos raiantes, fazendo carinho na pele azul marinho do mar!
         O sol da Cidade Maravilhosa tem mãos que tocam uma sinfonia harmoniosa…para o mar dançar!
         O sol tem dedos pianistas que, nas teclas montanhistas, fazem som iluminista e bossanovifica tudo o que fica a paisagear…!


          Desembocadura da Cidade futura… Portal do Pão de Açúcar, com vistas à ternura da natureza ainda pura…Na Descobertura do Rio!

         Pão de açúcar…Onde o olho desfruta de belezas absurdas, entre o mar em azuis túnicas e montanhas únicas, luzes lúcidas… e adjetivos mil!

         Gaspar Lemos e Cia… Ouviram naquele dia…Uma harmonia que saía da baía, cujo brilho resplandecia igual a artesania de um Deus que cria a sinfonia do mar em anil que bramiu…

        
         Ora, nessa hora a alma ora… Diante da glória da Cidade Maravilhosa, brilhosa, viçosa, vivosa, oásis da flora que em prosa floriu!

         O anelo primeiro era o mercado madeeiro…O tingimento brasileiro, pigmento herdeiro celebrizado no mundo inteiro… O pau brasil!

         E os mares cochichando no ouvido dos oceanos…Sobre Gaspar velejando, expectando e encontrando um Céu no Brasil!

         O espírito do Rio riu…
    Porque pressentiu e sentiu o mover do navio…
         Eram só risos bem ridos… Bem longos e compridos… Sorrisos bonitos de Gaspar no Paraíso do Rio!

         Ser-lhe-ia vertigem?
    A “Foz” linda que ele via parecia o Rio da Vida descrito na Bíblia no livro que cita as origens e os apocalipses…

         Gaspar viu na “Foz” do Rio a baía purpuril de Guanabara que reluziu insigne!
         Mistério em cor anil que a luz refletiu… Pois o Rio é um pedaço do Céu que caiu no Sudeste do Brasil ainda virgem, em que vivem os ídens  incríveis…

         Lemos que Gaspar Lemos perante os Adventos do Descobrimento…Viu o quanto Deus é gênio, Autor de prêmios tão plenos e sublimes, sensíveis que em maravilhas se exprimem!

         Os portugueses, naquela tarde, desejaram que o tempo parasse para contemplar a paisagem… Deus beijando a face da arte…que vive no ar livre dos montes hífens…

         Gaspar Lemos… O ápice da beleza vendo…Em deslumbramento… Em êxtase supremo… Onde a beleza da natureza chega à superlativeza, ao extremo!

         O Rio bonito… riu em lírico…
         E seu espelho hídrico refletia aos vívidos Tamoios índios, Deus sorrindo no mar bendito, em contento, no Templo do tempo!

         Os peixes mais robustos saíram do mar profundo…Para verem o triunfo do Descobrimento!
         As pérolas dos moluscos…
         As borboletas do casulo…
         Vieram ver tudo no belo mundo fecundo, de Deus oriundo, em desnudamento e despimento!

         Pássaros muitos vieram, em soluços, emocionados, contudo, assistir o seu mundo descoberto pelos lusos… Naquele momento…

          Paraíso puro, em que os anjos ficam mudo diante do brilho sumo fluído no rumo do seu ressurgimento!

         Era primeiro de janeiro…
         O Descobrimento dos aventureiros…
         1502, o ano eleito… Inesquecível no peito…
         Pois que a História ao lê-lo, chora no tempo ali…
         Santuário suntuoso…
         Navegante curioso…
         Comemora o ano novo no natural Porto ali…
         Parecia a todos que o Todo Poderoso morou em cada horto, em cada broto e encanto frondoso daqui!

         As gáveas em alegria, e as águias naquele dia…Voaram sobre a baía, gorjeando em notas lindas do nível de Tom Jobim!

         E foi ouvindo estes solos que Deus teve logo no Prólogo a ideia de criar nesse solo o Tom Jobim…
         Com miríades de anjos a bordo…Entre índios Tamóios… Pássaros formosos profetizavam o modo da Nossa Nova nesse solo a sonir…

         Maravilhosa Cidade!
         Catedral da arte!
         Teu mar ainda aplaude Drummond de Andrade, teu castelo poético eterno…
         Foste Capital da Colônia…
         Capital da Monarquia brasilânica…
         Capital brasilial republicânica…
         Tríade sucesso dos séculos!
         Atual Capital estadual do Rio belo!

         O espírito das maravilhas se maravilha diante de suas Ilhas… E de sua soberania hídrica vívida…E majestade marítima em som eterno, quão vero!… Do nível perplexo de João Gilberto!

         Por duzentos anos Capital Federal…
         Capital intelectual…
         Capital cultural…
         Capital social do País épico!

         Em 1808, Capital Real…
         E foi Capital real da Europa portugosa, embora estivesse fora da Costa continental!
         Capital ibérica, épica, de época, mater-célula, poliétnica, bela réplica do Universo multiverso !!!

         Suas belezas sumas costumam dançarem nas espumas que se esfumam nas ondas que se curvam nos elos praiais iniguais…
         Deus Se revela sobre elas, e sela nelas a tela mais bela da terra, em artes eternas mui divinais, celestiais…excelsiais…

         Deus deixou sua assinatura com letra pura…Nesses mares em esplendura, que parecem pinturas de majesturas geniais, fenomenais, supra dimensionais!!!

         Se a arte parece com o artista… Só a face de Deus consegue ser mais bonita…Do que esses mares e essas Ilhas … Essas montanhas que arranham as benditas nuvens que brilham, ó Cidade de Maravilhas, de obras primais, sublimais e magnais!!!

        Mar de janeiro!
        Rio de jasmeiro!
        Rio de lampejos!
         A voz daquela “Foz” ainda canta em nós… E dança no tempo  após…Como peixes em anzóis, bailam no enredo dos leitos pesqueiros!
         O espírito da beleza aqui festeja a nobreza da natureza em singelezas do amor perfeito no lado esquerdo do peito!

        
         O espírito do Rio riu…
    Quando em seu mar de anil saiu o pau brasil que o europeu extraiu comercialmente!
         E então viu que toda a Europa se tingiu e se exprimiu com a cor do pai brasil, e se refletiu brasileiramente!
         O mundo inteiro quis o selo da cor dos viveiros do Rio de Janeiro, selo do madeiro brasileiro eternamente na mente das gerações subsequentes!

         Os olhos dos seres da Expedição dos portugueses voltaram mais vezes ao Rio de deleites, com o interesse no “ouro verde”, na madeira em que eles viram em êxtase valores mil!
        

         1530 então, dá-se o início da ocupação, do Rio em colonização pré-oficial!
         Na enteada eis o início…Eis o Morro bonito cercado por espaços alagadiços…Os jesuítas teriam construído a igreja do período colonial…

         São Januário Morro belo…
         Princípio do Rio sempiterno…
         Depois, seu nome foi Morro do Castelo…
         Hoje se define Praça Quinze, histórica vitrine do pretérito e do hodierno.

         Dada a questão da ocupação do chão costeiro…
          Do paraíso ultra bonito…  Um Céu descido no Rio de Janeiro…
         Vieram ligeiro os franceses aventureiros…Atrás dos tropicais madeiros, paus-brasileiros…

         E conquistaram a simpatia, naqueles dias, dos Tamoios da baía, e se estabeleceriam na bela Ilha do Governador que brilha em seus termos…

         Anelaram com destreza estabelecer sua nobreza na terra da beleza, no chão perfeito!
         Erguendo uma fortaleza… Uma base da monarquia francesa… França Antárctica da Realeza… No olimpo costeiro cheio de cheiros do mar inteiro!

         Até 1567 então, durou tal ocupação…
         Quando os franceses foram, em reveses, vencidos pelos portugueses na territorialização…

         Em que Mendes Sá e seu sobrinho militar, o Estácio de Sá puseram-se a expulsar os franceses desse chão!

         O talentoso militar Estácio de Sá…
    Pôs-se a reforçar sua esquadra para chegar ao Rio…
         Com homens valentes e jesuítas competentes…  De Bertioga belicamente para o Rio partiu, saiu…Em missão laboril!

         Foram dois anos de labor… Estácio lutou, suou, se esforçou! E na Ilha do Governador a vitória ganhou e sorriu…
         Em Uruçu Mirim, vencendo!
         Hoje, Praia do Flamengo…
         Expulsou com talento os inimigos ao relento, em brado estupendo e pleno…E fundou o centro do coração do Brasil!

         Estácio sabia que estaria a fundar naquele dia… A Cidade de Maravilhas… A mais linda da galeria internacional!

         Ainda na ocasião da francesa ocupação, em 1565 então, ano de fundação, Estácio lança a mão à pedra fundamental!

         Estácio em março no dia plácido primeiro…
          Funda, então, aos pés do Morro Cara de cão a Cidade “São Sebastião do Rio de Janeiro”!
         Uma arte em homenagem ao rei personalidade de Portugal inteiro!
        
         A Cidade “São Sebastião” fundada no morro Cara do Cão… Mas, a beleza de sua localização, entre o mar e as montanhas da região, chega à feição da perfeição do rosto de Deus!
         A cidade se fortalece entre mares azuis celestes que a luz e céu refletem… O Rio se estabelece, e como Município no Sudeste se sucedeu!

         Dois anos após esse princípio do Município… Uma flecha do inimigo fere o rosto bonito de Estácio que faleceu…
         Com postura triunfal, morrendo…
          Postura de um herói vencendo…
         Jamais o alcança a flecha e a lança do esquecimento… Imortal no tempo o nome seu!

         Até o presente momento… Na Praia do Flamengo… Um obelisco o mantém vivo no tempo, cujo fundamento nenhum vento moveu!!!

         Memória atemporal do Fundador colossal em obelisco estatual esplendendo… Revivendo… E as gerações, vendo,…O reconheceu!

       
         Durante o século dezessete…
         O Rio possuiu, como um leque…
        Um lento crescimento em desdobramento que no tempo se ergue e segue… O tempo é seu enfeite…

         Uma rede de ruelas…
    Conectavam entre elas… Igrejas à luz de vela no alto da Cidadela…Em prece e deleite!
         Ligavam-na ao Paço e ao espaço do Mercado do peixe… À beira do Cais, entre luzes reais, de protagonismos naturais em feixes…

         Belas ruelas…Primeiras passarelas, ligadas quais ostras às células das pérolas em rede…
         Passos primeiros dos pioneiros do Rio de Janeiro, onde também o mundo inteiro, em turismo costumeiro, passaria satisfeito entre os verdes…

         A primeira rua do Rio…
         A primeira rua pública que se abriu…
         A Ladeira da Misericórdia…
        Estrada história da Cidade Maravilhosa…que  existiu…
         Em 1567, eis o sucesso desse caminho aberto…Quando a Cidade do Rio … Do Morro Cara do Cão saiu, da Urca partiu como principal acesso ao Morro do Castelo!


         A História não esquece…
         Primeira Rua célebre em pedras na espécie de “pé de moleque “…
         Escravos em mula… Calçando a Rua…Iluminada pela lua, testemunha celeste!

         No largo da Ladeira… Ergueram, com destreza e beleza, a Igreja da Misericórdia….
         Rua que abrigou, em   grande valor, prédios com resplendor de glória histórica!
         Em 1878, em alegria, essa Rua possuía onze prédios em companhia de sua via transitórica…

         Ladeira, a primeira entre tantas… Onde funcionou a primeira Alfândega!… O primeiro Tribunal da Cidade soberânica, cariocânica… A primeira Cadeia, a primeira Câmara…Rua orgânica entre árvores atlânticas e Jequitibá-Açu!
         A primeira Constituinte Assembleia…
        O primeiro Legislativo ali estivera…
        Início bonito que no Paraíso brasílico se esmera… As estrelas sentinelas passeavam nela, estrelas do Cruzeiro do Sul…
      
         Ali passaram os primeiros namorados, pioneiros apaixonados, pais das gerações desse Estado…Declarando emocionados sua paixão  em lentos passos, colhendo flores nos espaços, debaixo do céu azul…

        Seus tempos iniciais entre quatro montanhas principais… Que sofreram demolição para o lugar da urbanização da Cidade da perfeição em belezas naturais…
         Cana de açúcar no Rio bonito, o seu então cultivo… Depois o ouro em brilho, escoado pelo seu Porto lindo demais… E logo o ciclo do café bendito, E Deus era seu melhor amigo ao vivo em horas presenciais…
       
         E as moças tímidas… Mães de gerações infinitas… Pintavam suas faces bonitas com o batom indígena de urucum…


        O Morro do Castelo então… Sofreu demolição…E a Rua em questão fora interrompida em sua avenida comprida, em seus 500 metros de ida em extensão!
         Hoje, um pedaço existente, remanescente, presente de uma História surpreendente no coração da Nação!

         1922, ano modernizante que fez ponte no horizonte…Ao desmonte do Monte Castelo…
         O material do desmonte…Aterrou os arredores consoantes…
          A topografia ficou na fotografia amante da memória de dantes em belo elo sempiterno!

        Carioca, termo sem fim!
         Várias correntes sentem as vertentes remetentes ao tupi…
         As possibilidades etimológicas da palavra”carioca” têm maravilhas numerosas e substantivosas, iguais à Cidade Maravilhosa aqui a luzir!

         Várias vertentes todas provenientes de radicais indigenalmente aglutinadas no tupi… Todos os significados remetem ao Bairro do Flamengo magno, ali!

         Alcunha polilinguística… Sobre a  mestiça cultura ameríndia… Tupial indígena, casa de Carii…
         Casa de pedra e cal…
         Casa branquial…
         Casa do Chefe no litoral, enfim!

         Casa dos senhores sisudos…
         Casa de peixe cascudo..
         Casa de pedra que agrega o mundo aqui…

         Casa de índio carijó…
         Chefes da casa, Dono maior…
          Ou senhores da casa, isso só! Sem pormenor, sem fim!

         Carioca, para bendita…Do Rio Carioca deriva… Rio de fozes em vozes que inspiram a vida… Na História suas voltam ficam, lindas a fluir…

         Rio que nascia no Concorvado…
         E pelas Laranjeiras derramava suas correntezas abrilhantado, cristalizado… A reluzir…
         Na altura do largo do Machado, formado o lago, em brado, do Suruí, “rio dos siris”…

         Seus abençoados braços viam-se bifurcados rumo à Praça de brilho dourado José de Alencar…
         À Rua Paissandu correndo…
         Seguindo à Rua Barão do Flamengo…
         Chegava na Praia vencendo a desaguar…

         O seu outro braço dava um abraço bem apertado no rio do Catete largo… E beijava o seu espaço em ato de selar…
         Na Praia da Glória desaguado… E na Praia do Flamengo delimitado… E  “Praia do Carioca” foi chamado o local de navegar!

         “Praia do Carioca”… Lugar o que o mundo nota… Paisagem favorita que substantiva a vida e as horas… Adjetivo gentílico dos que, como o rio referido, nascem exímios entre essa glória própria!
       
         Onde o  “s”  e o  “x”  tem o som mais feliz, fonética que se expressa com uma estética cheia de ética sem friz, e até o bebê aprendiz fala lindamente o X na Cidade Miss.


         Naqueles dias, Salvador Bahia, mudaria sua capitania para o Rio que ria, e se transferiu…
         Para cá, maravilhosamente… A Capital chegou reluzente… Centro Portuário proeminente que se distinguiu…
         Água portuária favorável ao economismo metálico… Águas que mimam as minas e as rimas do passado do Brasil!

         Em mil setecentos e sessenta e três… Pombal Marquês, o Ministro português foi feliz, por sua vez, na mudança que fez, ou fizera como celebra o português, da Capital do Brasil para o Rio.

     
         Em 1750, o século dezoito…
         Inaugura com ternura e bom gosto…
          Um Arqueduto absoluto bem posto…
         Arcos da Lapa os chamavam, o povo!

          Esse advento foi aos pés do Convento de Santo Antônio, o sereno… Em um chafariz pleno de mármore em rebento, as águas iam nascendo, correndo, e saltavam, brotavam, nas manhãs ensolaradas, saciavam a sede das almas no tempo!

         Sim, em um tempo longínquo…
         Através de bicas em brilho…
         Bicas de bronze que jorrava as fontes de um belo ontem bem vivido, bem bebido, e sentido no íntimo!

         Mais tarde, essa obra de arte foi estendida, em parte, pela Rua do Cano….
         No atual tempo da Rua sete de setembro até  dentro do Largo do Paço se vendo no reflexo e intento dos anos quantos!
         Na Praça XV atual, para a qual vinham as naus, os navios de Portugal, em sede naval ali saciando, água tomando…
         De águas se serviam, abasteciam, bebiam, e seguiam colonizando!


         Em 1896, depois de tudo… Crianças e adultos viram esse Arqueduto utilizado como viaduto para os novos e profundos bondes de ferro!

         À altura meiga do Bairro de Santa Tereza, até hoje, com certeza, são usados em gentileza e talento épico! Bondinhos de quão sucesso!!

         Na Praça XV fervilha a História viva, em que se localiza a maravilha do Paço Imperial!
         Qual seria, ali um dia, a Sede da Monarquia de Portugal…
         Desde a vinda da família linda para a Cidade infinda, família que brilha, portuguesa real…
         Em 1808, alcança em esperança a futura terra do samba…Pelas águas atlânticas descem, com elegância, das naus…A família Bragança, Alcântara, por causa das invasões napoleônicas… Chegam com suas crianças ao Rio de bonanças, Rio especial!

         Viagem boa, vindos de Lisboa… Sonhos na Proa…E no Rio ecoa e ressoa a Coroa que entoa o Hino Real…

        Mas, sessenta anos atrás das chegadas monarcais, as partes principais do Edifício e seus locais sediais foram erguidos…

         Para que, com zelo, a Sede do Governo da capitania do Rio de Janeiro, inspirada no ribeiro de Lisboa pelo engenheiro, fosse abrigo amigo!

         A Casa do Paço passou a ser Palácio quando, para o Rio amado, fora mudado a Sede da Capitania da Bahia…

         A História e suas leis… Nominaram-no, por sua vez, “Palácio dos Vices-reis”, levando-o em amplidez para cima!

         Seu terceiro andar… O Palácio pôs-se ganhar… Quando a Corte Real para cá, veio morar, no Rio….

         O Paço passou ao referencial:
         Paço Real, Sede Oficial da Corte de Portugal no Brasil!

         Dom João IV e família… No Paço moraria…. E na História e na poesia ficariam, residir-se-iam, reviver-se-iam em página gentil!


          A partir da esplêndida aclamação da Independência, em 1822- data autêntica- do Brasil…

         O Edifício, por isso, escutou o grito – Lá no Ipiranga bramido- se exprimiu…
         O Rio fê-lo ouvido e ficou com o “Fico” e com o seu ofício de sediar o magnífico monarquílico varonil…

         Eis que neste Palácio foram coroados os dois Imperadores monárquicos…Dom Pedro II e Dom Pedro Primeiro!
         Deste Palácio transbordaram as decisões que mais brilharam e mais reinaram no chão brasileiro!

         A coroação do Monarca Dom Pedro II-alma magna-… Cujo coração era maior que esse chão e essa Pátria!
         Dom Pedro Segundo… O Estadista mais brilhante do mundo… Imperador brasileiro pleno, um estandarte em exemplos, imortal no tempo… Em tudo, homem de estudos profundos!


         E a esplendura da assinatura que dissipou a escravatura e suas ataduras do sofrer negreiro…
         Lei que a filha do Rei assinou na Grei do Palácio, ó sei, com amor verdadeiro!
         Mão com Unção e a inspiração do céu…
          Mão de Princesa…
          Quão bela nobreza…
          Mão com a chama da razão acesa!
          Mão da Princesa Isabel!
          Mão inspirada que selava, com a alma, a Lei Áurea, em aura do céu!

         Ó Rio… O Espírito de Deus sorriu quando te arguiu… O Espírito dos céus te cingiu… O céu inteiro aplaudiu a leveza da tua beleza em grandezas mil!
         Rio és o intérprete das maravilhas sete mui célebres que se refletem no cerne do Brasil!!!

         Rio…Doce Rio de luz múltipla! Doce Rio que o paladar da alma aguça, degusta, esmiúça!
         Até seu Pão é de Açúcar!
         Tem mais glicose o pólen de suas frutas…
         São  mais doces suas flores nos arredores e odores dessas grutas…
         Falam do  início do Município, cujo espírito é empírico nos Engenhos de Açúcar e ali se debruça! E Esquecê-lo nunca!

         Rio, beleza protagonista!
         Sua primórdios comerciabilidade em premissa inicialista do tempo do Açúcar-Engenho!
         Até hoje referenciado em bairros que lembram esse passado…
         Engenho Velho, eternizado!
         Engenho Novo, nominado nos bairros…
         Como o Realengo e o Real Engenho!


         A Rua Primeiro de Março… Ao fundo leal do Imperial Paço… Era a Rua Direita no passado!
        
         Rua brilhante dos movimentos importantes e historiciante do Rio!
         Nessa antiga e eleita Rua Direita…
          Estão as  mais históricas Igrejas…
         O Convento do Carmo, com certeza ali se convergiu !
         A Igreja de São José…
         A Igreja do Carmo, Antiga Sé!
         A Igreja de Santa Cruz que a fé auriu… E dourou a fio o perfil do Rio!

         Igreja do Carmo eternal… Antiga Capela Imperial…  O Altar da consagração do Sexto Dom João em coroação Real !
         Lugar da Unção dos dois Imperadores da Nação, ambos em possessão Monarcal!
         Também foi o palco do casamento apaixonado da Princesa e seu amado, em tapete bordado real!
         Princesa Isabel e seu coração: Orleáns Gastão, o Conde Del em emoção e união, selo eternal!

         A igreja do Carmo tem, em seu espaço, um Museu calmo, Museu poeta…
         Este conta-nos histórias de glórias mui sóbrias e mui eternas!
         Ali há a pia batismal…
         Na qual a Família Imperial…
         Recebeu a sacramental benção espiritual que até no tempo atual se esmera na terra…

         Histórica Pia bendita…
         Onde Dom Pedro II se batiza…
         Também Januária e Leopoldina… Isabel e Maria Francisca…
         Em ato batista se prezam e rezam !
         E os seus netos todos, em renovo generoso, se batizam, com gozo,  nela! Pia eterna!

         No fundo dimensional dessa Igreja atemporal jaz o imortal Arco Verde, O Cardeal primeiro e eternal…Que ergueu, com a força de Deus, reformas no Templo seu, ao tempo que sucedeu sua Torre lateral!
         Ali também dura sua própria tumba, e igualmente a urna em Carvalho que perdura os restos mortais que não morrem nunca de Pedro Álvares Cabral!

         Ao final do período Monarcal…
          A Igreja do Carmo teve, em seu Tabernáculo, o nome mudado para Catedral…

         Na Rua Primeiro de Março… Está o Tiradentes Palácio… Em estilo neoclássico… Arquitetado no início plácido do século vinte!
         Onde a Cadeia Velha e suas celas sentenças selam em Assembleias  estatuintes…
         Prédio que também reclama às suas recâmaras a antiga Câmara  de um passado que chama os ouvintes…Nas imediações da Praça Quinze!

         Palácio esse emenda histórias tremendas…
          Foi Sede suprema até o ano Sessenta da Legislatura em veemência do Congresso Nacional!

         Na Era Vargas cedeu vaga para a Área do Novo Estatal…
         Passou a ser Governanta do Departamento de Propaganda e de Imprensa que se lança na ânsia ditadorial!
           Também se externiza Sede política da Assembleia Legislativa estadual… Referência bonita que até ali se identifica Guanabara estatuísta, até mudar à Brasília sua Capital Federal!
         Hoje a atualíssima Sede idílica abriga a Assembleia Legislativa do Estado de maravilhas, Rio de Janeiro!
         

         Palácio Tiradentes tem esse nome…
         Pois nele ficou preso o homem… Mártir em um tempo longe…
         O Alferes de boa fé…
         Joaquim José da Silva Xavier…
         Tiradentes ele é…
         Voz trombone que não some !

        
         Outro prédio que se destaca nessa Rua maravilhada de históricas moradas é a Sede que brilhava…Do Banco do Brasil!
        No século vinte inaugurada… Para ser, em graça, comércio em praça, e assim evoluiu!
         No tempo atual é o Centro Cultural em sua morada inicial que definiu o selo mercantil do Brasil!


         Rio… E suas Ruas antigas!!!
         Rua do Mercado em que é ressoado um passado verbalizado nas vendas lindas em primícias!
         Prédio perfeito da época de Dom João Sexto…Hoje, é em relevo a Casa França Brasil- Que feito!!! Quão idílica!
         Próximo ao célebre Arco do Teles que o Rio reveste, de forma vívida!
         Rua do Rosário, que vem desse Arco, e a do Ouvidor, em um pedaço, são partes deste emaranhado de ruas do passado, cenas primeiríssimas!

         Se o Brasil fosse uma música… O Rio seria o coro…
          No Largo da Misericórdia há o canto da glória no tom melodioso desse povo!
         Área da antiga e clara, como a Alva, a Ponta do Calabouço… O sítio histórico mais antigo aos olhos, pretérito solo que em poema metódico vemos  um povo!
         Trecho belo do pretérito… Subida e descida, em esmero e ecos de verbos, ao Morro do Castelo, do primeiro povo!
         Atualmente, a cena presente tem o nome permanente de “Esplanada do Castelo”, um elo veemente e formoso! Mas, é grande a saudade do berço da Cidade, e a poesia em vivacidade o traz viçoso!


         O Museu Nacional e sua edificação…
         Nesse sítio histórico jaz bucólico em referenciação…
         Ali nesse espaço…Foi o Forte São Tiago… E Casa do Trem no passado, e Arsenal de Guerra sediado da Nação!

         No Centenário da Independência… Houve reformas estupendas na edificação em referência da Ponta do Calabouço…
         Isso em questão da Feira em comemoração da Independência da Nação, foi reformada cada edificação no chão glorioso!
         Tais reformas deram formas às exposições de outrora, no centenário de nossa glória, e o mundo olha admiroso!

          O Palácio de São Cristóvão é o prédio pódio mais histórico do Brasil…
         Era a Casa residencial da Família Imperial, em seis gerações na terra brasilial…E gentil!
         Morada linda da Imperial Família, na Quinta da Boa Vista… Com vistas mil!
         Reformado em traços neoclássicos, pelos Pedros Monárquicos, que fê-lo ajardinado… Legado que persistiu…
         Palácio nobre com História forte que jamais morre, na Zona Norte do Rio!

         Foi residência antes… De Elias Antônio, um comerciante, que quisera doar doravante o Palácio importante ao rei do Rio!
          À Dom João VI foi doado… E na História ficou guardado… Peso histórico imensurado no pátrio perfil!

         Palácio de imensos e plácidos jardins…
         Com árvores centenárias que bailam em som de harpas a tangir!
         E dois lindos lagos onde o Imperador amado, suas irmãs, filhas, no passado, a infância passaram, brincaram ali a sorrir!

         Até hoje é preservado no lago do Palácio magno… A gruta em que as crianças puras da Monarquia Suma recrearam!

         À frente do Palácio…
         Dom Pedro II é estatualizado e memorado!…
         Símbolo da liderança Bragança nas reformas amplas palacianas e jardinagens magnânima em bravo legado sábio!


         Rio…Cidade matriarca da Primeira Carta Magna da nossa Pátria, nossa Nação!
         Mãe exata da áurea Ata da primeira página da Lei monarca que marca a jurisdicionalização…
        
         Cidade Maravilhosa ela é…
         Mãe do açúcar…
         O mundo te busca…
         Ó mãe do café!

         O Cristo Redentor abraça com amor… O povo do louvor, o chão do espledor, em pé!

         O mundo perplexo… Vem ver, de perto, no teu, o cheiro eterno das gerações em teu concreto, em símbolo da fé!

         Convém rimar e poetisar o empreendedorismo riquíssimo de Mauá…
         No Segundo Império o Barão eterno fundou um terno Banco épico sem hesitar!
         Com inspiração britânica…
         Investiu no Rio, com esperança…
         Ergueu tantas fábricas orgânicas…
         Cuja história abrilhanta o relembrar!

         Trouxe, em formosura, a urbana infraestrutura, o gás para as iluminuras em luzes puras a brilhar!

         E as antigas ruas em que só passavam a lua e carroças cruas… Agora atua a Estrada sua, Ferroviária evolutura a viajar!

         E o Trem lá vem… Com alguém que tem sonhos que convém realizar!

         E o coração daquela geração, em grande emoção perante a locomoção a palpitar, no apitar!

          Com o fim legal da escravidão cultural, afroetnial, no chão nacional em evento…
          Em Decreto aureal, Isabel Real, da sacada palacial, no Paço Imperial, aberto ao colegial, assina  um triunfal novo tempo!

         O Rio, então, na República em ocasião, recebeu em sua extensão…Escravos em alforriação, livres no chão como o vento!

         Escravos em liberdade, vindos de outras localidades, e nos Morros da Cidade puseram, em residencialidade, seus assentamentos!
          E também estenderiam suas moradias pelas vias de outras periferias sem planejamento…

         Ora, é evidente que a corrente mais recorrente do início das gentes nas favelas residentes é, de fato, surpreendente e época sela !
        
          Trata-se, contudo, de soldados oriundos da Guerra de Canudos, e Morro absoluto da Previdência fizeram seu mundo em sentinela!
        
          Os soldados muitos trouxeram, do seu mundo, um arbusto com o nome augusto de “favela”….

          O nome, então, dessa vegetação incorporou a agrupação da habitação da região aquela!


          A Biblioteca Nacional…
          Antes, Biblioteca Real…
          Dom João VI criador original
          E também do Jardim Botânico de encantos quânticos, pássaros em cânticos de ânimo melodial !
          O primeiro Governador do passado, o Sá Estácio…
          O Prefeito do início Francisco Pereira Passos…
          No século XX em arte, criaram-se parques, avenidas de expressividade de níveis altos.. Novo Porto em baluarte, obras de primalidade em essencialidade do bons saltos!


          Rio… História feliz…
          Chão perfeito de Lima Barreto e Machado de Assis…
          Tua Cecília Meireles…Criou a primeira e célebre Biblioteca em espécie de livros infantis…
          Legando um bom alicerce às gerações cariocas que emergem em décadas e seguem no leque motriz…
         
          O Evangelho nas veredas das gerações primeiras… Deu-se, com certeza, pelo Padre Anchieta ao pioneiro que chega aprendiz!
           São histórias cuja glória e encanto vai ao encontro, entretanto, de Dom Antônio Mariz, nesse chão que a oração bendiz !


          Copacabana, Palácio mosaico natural magno e prado…
          Convida, com vida, à expansão contemplativa de um mar que se comunica espiritualizado!
         Onde a alma se horizontaliza em dilatação lírica, em amplidões evocativas, exuberativas que adjetivam o insondável!

         O espírito do mar do Rio riu…
         E a alma da beleza neste azul turquesa…Discreteando a profundeza do tom anil do marítimo vozerio!
          Mar rumorejando os sonhos aceânicos no paraíso copacabânico sincrônico e amoril…


         Século XIX, seu visual era um imenso areal… Lugar paradisíaco em espaços alagadiços contendo serviço na tábua do perito Tamoio índio principal !
          Chácaras em várias dimensões… Divididas às ocupações… Frutas às disposições da mão pioneiral…
          Abacaxis e cambucás… Cavalo a  galopar… Copacabana a despontar como o sol matinal!

         Morros virginais, naturais, inadulterados e colossais… O gambá e o tatu no mirante azul presenciais… Ó cena inicial especial!
          Seus pescadores enamorados, moradores eternizados no pioneirismo bravo desses céus terrenais !

         1855, em bom gosto, nascia a ladeira do Barroso, subindo em tom esforçoso a grota entre Morros, a Tabajaras atual!
         Estrada de meia rodagem, em que iam as carruagens, as artes, cavaleiros em galopagem, saudando a paisagem brilhal e deslumbral !

         A inauguração formalizada de sua Via chamada… Túnel Alaor Prata… Túnel Velho, elo que passa a “pedra fundamental”…
          Da planta atlântica copacabânica, bairro de brisas em fragrâncias oceânicas, em exalância especial…

         Depois a novidade…
          Bondes movidos à eletricidade!
          O Forte de Copacabana se proclama baluarte castelial…
          E Barão de Mauá pôs-se a lançar… Cabos submarinos para ligar o Brasil ao além-mar, à Europa iberical…
          Também é construído o eterno símbolo deste chão idílico, o Calçadão famosíssimo centenarial !
          E Copacabana avança com a Avenida Atlântica, cuja arquitetura oceânica vai além da semântica gramatical…
         
          O Copacabana Palace suplanta expectativas tantas… O mundo em âncora nesse Hotel dança, canta, e nível alcança internacional!


         Século XX superlativo… Traz os primeiros Edifício de apartamentos evoluídos… Aparecem, e se erguem célebres no chão urbanístico!

         Núcleo verticalíssimo…Da origem dos Edifícios… Em torno da Praça do Lido…Como o OK Edifício, “Ribeiro Moreira” atualíssimo…. E aos sons oceânicos, o Edifício Petrônio no centro quarteirônico pioneiríssimo!

         A Avenida inaudita Atlântica idílica… Lembra  ainda a sua primeira e linda obra prima “Edifício Olinda”, por um pernambucano erguida, que historifica e fica!
          Eis que essa construção se fez no final do Posto Seis, hoje Hotel por sua vez, o “Santos Dias”.
         Edifícios que pioneirizam… Que brilham… Edifício Quintanilha… Imperator…No futurismo do turismo copacabanístico de maravilhas!!!

         Era a Era moderna na verticalização da terra… Também período entreguerras… Quando se observa a monumentalidade eclética das primeiras vilas e avenidas!

          Nos anos 70, então, a caracterização da reforma do calçadão foi em paralelização à inspiração principial…
         Nos anos 90 começaram os Shows extraordinários do Réveillon culturalizado à beira do seu mar !
         Show que estréia para grande platéia… Com Tim Maia que supera corais em assembleia, voz azul da cor do mar !!!

          E o ano novo raiou ao som de Jorge Benjor, que beijou, com louvor, o marco do Réveillon em Copacabana, lugar bom a brilhar …

         Tom Jobim evoca a Bossa Nova, nascida na tocha da Copacabana maravilhosa, a famosa Princesinha do Mar !

         
          Em antigas manhãs… Tu foste “Sacopenapã”… Em tradução sã… No tupi de teus clãs…A chamar…
          “O caminho das aves pernaltas”, abundantes nas copas altas…de cabanas em flautas… Com nativos em calma a tocar !

         Copacabana excelsiante…
          Significado grande, “azul mirante”…
          E também “atirador de pedra brilhante”, preciosa e valorante a te edificar.

         Copacabana em eras das Choupanas que então se derrama em pitangas e caju…
         Terra de mirante brilhante em que águas deságuam no cintilante e turquesante azul…
          Poética beleza de água azul turquesa, e o mar e céu são o mesmo véu em beleza de clareza azul !!!

         Leblon… E sua centenariedade!
         Inspiração à televisão, à canção, ás épocas, aos poetas, luz épica da RioUrbanidade no espírito da Leblonidade!

          Leblon, nome referenciado ao latifundiário Charles Lê Blond, um empresário nas terras e no pescado da zona Sul idem!
          Terras loteadas, vendidas, povoadas, à Ipanema ligada pela praia no século vinte…
         A chácara desse empresário… Ocupava o espaço da metade do bairro, lugar localizado na Rua Bartolomeu Vitre, indo até que a praia finde…

          Sua urbanização ressoa na construção que ecoa da Avenida Epitácio Pessoa em mil novecentos e vinte…
         E os canais célebres, Jardim de Alah e Visconde de Albuquerque, e nos anos 50 cresce o se reveste de requinte!

         Classe econômica cultural harmônica, estrutura prediais padrônicas isônomas ao palpite da elite…
         Também se revela a classe média, pioneiros de época, e comunidade sintética que ali reside…

         Ó Leblon formoso…
    Aludo tua luz-veludo no hino puro feito para teu mundo, de Caetano Veloso!
          Recito tua poesia nessa ciclovia até ao Leme, com alegria, converso com os versos do povo!
          Admirabelíssima a  bonita vista, quão quista a conquista dos Dois Irmãos, o Morro!!
         
          O Mirante do Leblon… Que visual!
          E a Praça que abraça “Antero de Quental”
          E a Via forte Conde Bernardotte especial e nobre como todo o povo.


        Ó Ipanema maravilhoso !!!
         Até o fim do século dezoito…
         Tu tinhas um povo que compuseram teus arredouros e campos todos… Qual seja o viçoso índio formoso da Aldeia Kariané, não é?!!

         Linda região costeira de José Antônio Moreira, o Conde de Ipanema, Barão dessa natureza com roseiras, preces verdadeiras em Sé e fé!

         Há dados também que Ipanema d’além…Pertencia também a alguém,  o francês que então tem o nome Leblon…

         Uma chácara suprema exalando alfazema… Ocupava Ipanema…Com a natureza em cena, produzindo poemas em seus tons…

         Árvores com brilho…De galhos compridos…Sombreandoos cantos do Paraíso…E pássaros em cada canto,  compondo seus cantos bonitos em benditos sons…

         Cenário pleno…Envolvendo o tato do vento nos jardins Ipanêmicos… bons…
         E a paz do silêncio passa nos lábios do tempo, o melhor tom de seu batom!

         O Conde de Ipanema acaraciava as penas das aves, das Emas, ao ar livre da fazenda, que estupenda, brilha!

         Dominou a região… Em 1894 então…Fez a fundação da Ipanema Villa!

         Onde esse Conde sonhou longe, ollhando seus montes que suaviza  a vida!

         E projetou constantes praças exuberantes, trechos urbanantes em lida!
         Alguns dos quais, nos tempos atuais, existem triunfais ainda!

         Chão inspirador do louvor que revolucionou em bossa melodia!

         Terra de Hellô…Beleza que inspirou “Garota de Ipanema” com amor e fervor, por toda a vida!

         O mundo cantou e mandou o alô para Hellô, no hino que conquistou o esplendor e “olha que coisa mais linda!”…

         Em cada década…
         Nas novas épocas…
         Surgem pérolas de moças belas, que dão sequência na referência Ipanêmica!

         A música pretérita supera as épocas… pois aqui é a terra repleta de garotas belas de Ipanema!

         O nome “Ipanema ” faz referência ao tema do Barão de Ipanema, vindo de Sorocaba…
         Cidade paulistana…
         Iperó, hoje se chama…
         Ali sua indústria ganha, uma metalúrgica plana… e por um tempo se lança e trabalha!

         Ipanema em grafia…e etimologia…Nasce do tupi um dia…”Água imprópria ” se entendia, em via vocábula…

         No entanto, convenhamos… Ó Ipanema de líquidos tantos…Cada gota d’água de seu oceano prata é fonte grata nos convidando!

         O sol, com rigor, te selecionou para o seu Pôr de maior esplendor,  na Praia do Arpoador, onde a vida se revida… Onde o sol tem o maior farol de sua autoestima!

         Deus quisera que o Arquiteto dessas passarelas, das calçadas  belas, fosse Renato Primavera que as esculpiu…
         Renato Primavera colocou sobre elas a beleza das primaveras, no quarto centenário das  eras do Rio!

         Suas ruas prosaicas, em paisagens ávidas, “Garcia D’Ávila, falam com conteúdo…
         Histórias eternas na Rua que encerra “Maria Quitéria ” na terra que hospeda o mundo!

         

         Essa terra linda, em 1902 blinda a primeira linha de bonde que vinha evoluir Ipanema…
         O bairro valorizado passa a ser movimentado na década do seu salto alto, anos sessenta…

         Os seus moços, em sonhos soltos, na Av. Vieira Souto, realizam…pouco a pouco…ciência que se reiventa…


        Rocha Miranda, bairro bonito!
         Era referido, nos tempos dos garimpos, no termo preferido “Bairro das pedras preciosas”…

         Suas ruas belas expressam e celebram as pedras gloriosas…

         O rio que cruza a região, “Rio das pedras” e do coração,  atraía à sua baía as mãos trabalhosas, engenhosas…

         Suas ruas referenciantes, Rua Rubis, E a dos Diamantes…Rua Amestistas, Ônix e Turmalinas brilhantes e históricas…

         Rocha Miranda regerencía a pioneira família que loteou as vilas e as vias primórdias!
         No tempo do desbravamento dos primeiros momentos de Mil e novecentos, homenagem bem posta!

         Com licença poética…
         Em Drummondiana réplica…
         Repoetiso sua estética…Agora:

         “Havia uma pedra no meio das ruas…
         Havia uma Rua no meio das pedras…
         Pedras irmãs da lua…
         Pedras amantes na Rua dos Diamantes do bairro carioca …
        Faço poesia dentro dessa Poesia Histórica!”


         Eis que no Morro do Corcovado…
         Em seu cume lume assume estatualizado…
         O “Cristo Redentor ” pelo Engenheiro Heitor desenhado!
        
         O brasileiro Heitor o projetou…
         Paul, polonês por sua vez, o esculpidor!
         Gheorghe, da Romênia, o rosto da Excelência, Cristo em face serena, modelou e se emocionou!
         Nove anos no total da construção fenomenal…
         Carlos Oswald, o pintor oficial, no Art Déco estilou, delineou!

         Do mundo moderno, o Cristo de braços abertos, em pedra-sabão e concreto, quão sério sublima!
         No coração lindo do Padre Boss nascido…

         Em São Gonçalo o monumento foi concretado num sítio…E na era moderna reconhecido entre as Sete Maravilhas que fervilham!

         No processo da concretagem…
         Foram moldes em gesso e arte…
         Hoje -pasmem!- No Tijuca Nacional Parque persuade em feição suave e lírica…

         Em 1931, inaugurado…
         Por Dom Sebastião Leme cerimonializado!
    Arcebispo do fluminense Estado…
         Aos 12 de outubro o dia que resplandecia no mundo….A maior simbologia que na América Latina havia e, em grande cia, reverberaria contudo!

         Antes dessa arte gigante…
         Havia ali um Mirante “Chapéu do Sol” brilhante,  um recanto contemplante, feito por ordem imperante de D.Pedro Segundo!

         Os lindos e honrados seres humanos do passado, subiam ao Corcovado sisudo e absoluto…Pela linha férrea de Pereira Passos, a fim de admirar do alto os encantos maravilhados múltiplos do carioca mundo profundo!!!

         Mirante de ferro e madeira para verem, com segurança e certeza, a beleza que o Deus vivo em destreza fizera em poder absoluto!

         “Corcurvare” do latim!
         “Dobrar”, “curvar” enfim!
         Significado do morro curvado ali!
         Tematização da canção de Tom Jobim! Gênio absurdo!

         Até o Corcovado fica curvado perante o Deus Magno, Vivo e Santificado, Jesus ressuscitado, Criador do Rio encantado muito, muito!!!

         O Corcovado já foi chamado de “Pináculo “… Pelo italiano batizado Américo Vespúcio!

         Eis que era, a linha férrea, antiga e térrea condução…
         Que levava pessoas, em som que ecoa, ao ex Mirante que ressoa na locomotiva a carvão!

         A primeira e eterna linha térrea turística das Américas!
         É a história carioca em pérola de expressão!

         Nos anos 40, foi removido o Mirante supra referido, para que o Cristo fosse erguido em atualização no topo do morro em questão.

         Em ambas obras fortes, jorrou sorte, pois não houve nenhuma morte, sequer um acidente que se note, que a História anote, durante a construção!

      
          Está localizado no Morro do Corcovado, em Santa Teresa o

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