• À espera da misericórdia – Parte I

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  • 08/04/2016 11:40

    Alternando nossos dias e noites entre expectativas de paz ou de lutas, nos encontra­mos também à mercê das men­tes que arregimentam tanto o progresso como a destruição. 

    Limitados como somos ainda na materialidade mais densa e numa dilatação de nossa visão espiritual, alguns irmãos, que se encontram à frente dos testemunhos em provas e expiações, ressarci­mentos e reeducação de si próprios e de uma socieda­de, não visualizam as muitas consequências de atos e ad­ministrações. Enquanto isto, lamentamos as tantas outorgas, que se efetivam em dire­ção à destruição e a um não entendimento entre almas. 

    Amigos, irmãos de lutas e de crescimento, as estranhas atitudes de irmãos ainda es­tão ligadas a origens pretéri­tas e à formação intelectual e espiritual de cada alma que, em se demonstrando em as­pectos endurecidos ou mais maleáveis, traz as repercus­sões a criaturas e povos. 

    Lamentável a visão de distúrbios causados por má distribuição de rendas; la­mentáveis as conturbações que se criam nas diversifica­ções de segmentos religio­sos; tristes os atos impostos sem uma maior largueza de compreensão, até mesmo di­ante de almas mais rudes e incultas; lamentáveis os so­frimentos que se originam em divergentes opiniões e parti­darismos; lamentável a raci­onalização de opiniões, sen­timentos e ânsias; lamentáveis as cenas que se reproduzem dia-a-dia, dilatando tormentos, torturas e distorções em fatos e posicionamentos.

    Irmãos, a humanidade, hoje, pede pela Misericórdia do Pai, anseia por uma tré­gua nas guerras e lutas que se originam nos distúrbios psíquicos, que provam, mais uma vez, as origens cármi­cas diversas, os sintomas transmitidos em atitudes de­lituosas e afrontosas, distúr­bios que exalam desamor, de­sapreço por seres humanos e seus sentimentos, atitudes que nos mostram, claramente, os resíduos e edemas de Espíri­tos provenientes de planos conturbados e obscuros. 

    Mas, perguntariam os ir­mãos: _ O que fazem esses Espíritos nesta esfera? Por que o Pai Misericordioso per­mite que assim se portem, causando tantas dores? 

    Amigos e almas irmãs, cada um de nós tem a liber­dade de atos e pensamentos nesta esfera de provas e res­sarcimentos, justamente por estarem estas almas e o cam­po vibracional da esfera em afinidades maiores, pois o complexo humano e espiri­tual, que a compõe, ainda não se exercita no verdadeiro amor, na fé que ilumina, na caridade que enaltece as al­mas. 

    Abrir nossos corações à Misericórdia Divina nos trará a luz das verdades, o en­tendimento para a aceitação de tudo que observamos no consequente adestramento nos diversos exercícios da paz, da compreensão e do amor, a estruturação pacífica a compor o nosso viver. 

    As discordantes situações mundiais, idealismos distorcidos, almas empreendendo lutas a quererem terras em litígios por séculos, criaturas a sofrerem ataques terroristas, mentes ensandecidas a ultrapassarem o respeito a irmãos, por tentando estabelecer governos despóticos em lugar de procurarem entendimentos mais amplos, nos fazem lembrar as palavras de Jesus, Que trouxe a misericórdia na luz do “amar ao próximo como a nós mesmos”, a que saibamos alicerçar sentimentos de mais consideração e respeito a todas as naturezas, pois somos todos irmãos na criação e nos contextos e estruturas, modificando-nos a cada vida.

    A Misericórdia divina nos possibilita o retorno à vida carnal por quantas vezes necessitarmos, e nós, criaturas sempre em busca de angariamentos precisamos mudar o foco de nossa visão a estabelecer novos parâmetros de vida, no que tange às necessidades materiais, permitindo que desperte a sensibilidade de Espírito, a descortinar o verdadeiro sentido da vida, desta imensa possibilidade de aprendizado e crescimento, numa avaliação mais profunda do ideal Daquele que nos criou e mantém.

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