• A cultura do dia a dia

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  • 16/04/2020 10:00

    Quando pensamos em cultura, pensamos em diversos aspectos, a exemplo disso, numa breve busca ao dicionário online pela palavra “cultura” obtemos doze descrições sobre óticas diferentes em relação a esta palavra. Mas a qual nos deterá hoje é a seguinte: “Normas de comportamento, saberes, hábitos ou crenças que diferenciam um grupo de outro: provêm de culturas distintas”. 

    Explorar essa definição mostra logo de cara que existem formas diferentes de viver. Ora, isso é obvio se pensarmos no macro, no universal. Vivemos de forma diferenciada em relação a outro país, por exemplo. Mas quando paramos para pensar na nossa realidade local, também identificamos grupos de interesses diferenciados que muitas vezes apresentam características especificas e únicas. Notar isso é notar toda a cultura que está a nossa volta. Nesse sentido nos pegamos um pouco desligados do potencial que temos de conhecer coisas novas e viver experiências diversificadas. 

    Além dos grupos de pessoas com os quais podemos aprender um mundo novo, há também o nosso terrível costume de nos acostumar. Por que digo isso? Temos o privilegio de morar numa das cidades mais ricas em história, com construções das mais diversificadas e passamos por elas alheios. Notamos sempre pessoas de lá de longe ou daqui de perto admirados com tudo que nossa cidade tem a oferecer. Aqui nós temos belezas naturais, construções cheias de história, movimentos culturais, festivais, e nós, que cá estamos pouco aproveitamos de tudo isso, de tudo que poderíamos usufruir sem tanto esforço quanto os que vêm de fora.

    Os eventos que ocorrem na cidade atendem aos mais diversos estilos, e espelhos daquilo que vastamente é denominado como cultura. A diversidade encontrada nos museus, nos teatros, nos eventos musicais, nas livrarias, nas palestras, na paisagem, nas feiras é enorme. Porque não aproveitar um tempo livre de lazer e no lugar de fazer coisas que sempre faz, arrisca e sai do “de sempre” pra algo parcialmente ou totalmente novo? 

    É sempre bom conversar com pessoas que tem uma realidade diferente com hábitos diferentes e entendimentos diferentes sobre assuntos dos mais variados. É importante estar aberto a ouvir, conhecer, perguntar, participar, valorizar outras formas de cultura, afinal é um processo que engrandece a nossa própria concepção em relação às diferenças, ao respeito que devemos promover para que cada vez mais possamos ter acesso ao novo. 

    Ou ao antigo com novos olhos.

     

    * Maria Lucia Diel Borsato é professora de História, com pós-graduação em Educação de Jovens e Adultos e na área de Política e Sociedade. Atua na área de educação como professora particular e curso pré-vestibular. Há 10 anos envolvida com a Educação já participou de projetos de educação integral, educação infantil e EJA. 

     

    MARIA LUCIA DIEL BORSATO 

    Maria Lucia é petropolitana. Graduada em História e pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos e Política e Sociedade com um trabalho voltado para a formação da cidade de Petrópolis e sobre educação e suas características e desafios. É professora de História e atua na área de reforço escolar, com trabalhos multidisciplinares com crianças, jovens e adultos. Trabalha com educação e já esteve em projetos de educação integral, infantil e EJA. Atualmente é uma das sócias da Aristotando – Lar de Conhecimentos, que presta serviço de acompanhamento pedagógico para todas as idades.

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