• Mais de 10 mil pessoas aguardam na fila por exames de ressonância e tomografia no HAC

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  • 03/02/2021 13:22
    Por Janaina do Carmo

    Com os aparelhos quebrados desde o ano passado, a fila por exames de ressonância magnética e tomografia no Hospital Alcides Carneiro (HAC) ultrapassa as 10 mil pessoas. De acordo com informações passadas por representantes da Secretaria de Saúde aos ministérios públicos Federal e Estadual, no momento, a fila da ressonância é de 5.472 exames e a fila da tomografia é de 5.212 pacientes.

    Os problemas sobre os aparelhos quebrados vendo sendo discutidos nas reuniões semanais entre os representantes da Secretaria de Saúde e os promotores dos ministérios públicos Federal e Estadual. O assunto também vem sendo denunciado pela Defensoria Pública, que fez recomendações à Prefeitura, e pelo Cremerj que realizaram em janeiro deste ano e no fim do ano passado, vistorias no hospital.

    Desde o ano passado, os ministérios públicos Federal e Estadual vem cobrando soluções por parte da Prefeitura sobre o conserto dos aparelhos. O governo municipal também tinha até a última segunda-feira (1), que enviar aos órgãos um plano de ação, com metas e prazos, para oferta imediata dos exames e a diminuição da fila. A Tribuna questionou a Prefeitura se o documento foi enviado aos MPs, e em nota responderam que “Conforme informado ao Ministério Público, está fazendo contratação emergencial para a realização dos exames na iniciativa privada.”

    Ainda segundo informações dos representantes da Secretaria de Saúde repassadas aos ministérios públicos Federal e Estadual, os contratos de manutenção do aparelho de tomografia (R$ 10.473,39/mês) e de ressonância (R$ 24.877,56/ mês) – foram interrompidos em 2019, por falta de verba. Os equipamentos estão quebrados desde o ano passado e os exames, desde então, são realizados em unidades conveniadas, no entanto em ritmo lento resultando em aumento da fila de espera.

    Quando os aparelhos funcionavam, a média mensal de exames era de 400 de ressonância e 1.600 de tomografias, dos quais cerca de 80% eram para atendimentos ambulatoriais. A Tribuna questionou a Prefeitura, também, sobre os locais onde os exames estão sendo realizados atualmente, se há previsão de quando eles serão consertados e de quando voltarão a funcionar.

    Em nota responderam apenas que “técnicos estão trabalhando nos reparos da ressonância magnética e do tomógrafo, mas a conclusão dos procedimentos depende, ainda, da realização de ajustes necessários à segurança de operadores e pacientes e testes em ambos os aparelhos.”

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