Peru volta a se confinar e veta viagens do Brasil por segunda onda de covid-19
A segunda onda atinge sem trégua várias regiões peruanas desde o início de janeiro, após as festas de fim de ano. O número de contágios diários aumentou de mil para mais de cinco mil, e as mortes dispararam de uma média de 40 por dia para mais de 100.
A quarentena será obrigatória e deve reduzir a circulação de 16,4 milhões de habitantes – metade da população do país. O governo também determinou o fechamento de igrejas, cassinos e academias. Apenas estabelecimentos comerciais essenciais como mercados, farmácias e bancos poderão funcionar.
As regiões envolvidas são Lima, Ancash, Pasco, Huánuco, Junín, Huancavelica, Ica, Apurímac e El Callao, onde os casos confirmados dispararam desde o início de janeiro. Nas demais regiões do país são mantidas as restrições do toque de recolher e a proibição de reuniões sociais.
O governo também prolongou até 14 de fevereiro a proibição de voos da Europa e incluiu o Brasil nesta relação devido à nova cepa do coronavírus descoberta no país vizinho.
Até terça-feira, 26, o Peru acumulava 40.107 mortes por covid-19, após registrar 220 óbitos pela doença nas últimas 24 horas. O número não era registrado desde o pior momento da pandemia no país, entre julho e setembro de 2020. O total de infecções chegou a 1,1 milhão, com 4.444 novos casos confirmados.
Vacinas
Sagasti disse que as vacinas são a saída para a crise e prometeu celeridade no recebimento dos imunizantes. Ele disse que o primeiro milhão de uma encomenda de 38 milhões de doses da vacina da Sinopharm chegará “nos próximos dias”. A campanha de inoculação começará em fevereiro.
O Peru também tem acordo para comprar 14 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca-Oxford. Seus reguladores ainda estão avaliando os pedidos de uso de emergência do Instituto Gamaleya da Rússia, que produz a Sputnik V, e da Pfizer. (Com agências internacionais).