Desabamento de laje no Vila Felipe provoca a interdição de cinco imóveis

O pedreiro que morreu esmagado por uma laje na tarde da última segunda-feira foi enterrado ontem, às 16h30, no Cemitério Municipal de Petrópolis. O velório foi na Funerária Oswaldo Cruz, na Capela D, a partir de 12h30. Maurício Henrique Soares tinha 42 anos e estava trabalhando na reforma de uma casa no Vila Felipe, quando a laje, que havia sido construída há 40 dias, desabou. A casa foi interditada pela Defesa Civil provisoriamente até que os escombros sejam retirados.

Maurício Henrique Soares era casado e tinha dois filhos. Segundo testemunhas, ele morava na Rua Nova, na 24 de Maio, e estava trabalhando na reforma de uma casa na Rua Jacinto Rabelo, no bairro Vila Felipe, há três meses. Além de Maurício, havia no local mais dois trabalhadores, que não sofreram ferimentos no acidente, que aconteceu por voltas das 14h. A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros foram acionados, mas quando chegaram no local o pedreiro já estava morto. O concreto esmagou a parte da cintura para baixo.

A Secretaria de Proteção e Defesa Civil, que esteve no local na segunda e na terça-feira para avaliar o risco estrutural do imóvel onde houve o desabamento da laje, interditou cinco imóveis provisoriamente – sendo dois deles parcialmente – até que a laje seja totalmente removida. A remoção é de responsabilidade do proprietário do imóvel. No entanto, por conta da dificuldade da operação e do risco que o material representa para outras casas, a Defesa Civil está organizando junto ao Corpo de Bombeiros e à Comdep uma operação para a retirada da laje, para que as casas possam ser desinterditadas.

Não se sabe ainda se o imóvel em questão tinha autorização para a reforma. Porém, a Secretaria de Proteção e Defesa Civil chamou a atenção para o fato de que, antes de construir ou reformar, o proprietário do imóvel deve contratar um engenheiro ou um arquiteto para a elaboração de um projeto técnico da obra para que seja apresentado na Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico. O responsável por uma obra sem autorização da prefeitura está sujeito à multa.

A Defesa Civil reiterou que uma obra irregular, além de gerar prejuízo financeiro para o responsável, também representa um risco à segurança dos moradores e vizinhos. “Sem a autorização da prefeitura e sem o acompanhamento técnico de um engenheiro ou um arquiteto não se tem a certeza de que a construção é segura”.