• Eleitor: por ora, Sua Excelência. Depois…

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  • 27/09/2016 12:00

    Nada como o período pré-eleitoral para o eleitor ver-se envolvido pelos candidatos.

    Não há uma esquina do centro do nosso Município em que a abordagem das pessoas deixe de ocorrer por parte da militância de candidaturas, quiçá, voluntárias e gratuitas.

    Normalmente jovens, de ambos os gêneros, apresentam-se no mais das vezes  de modo algo educado e solícito ao oferecer os panfletos explicativos dos seus respectivos candidatos.

    Quisera que os candidatos eleitos mantivessem a desvelada atenção no período que antecede os pleitos eleitorais e efetivassem as promessas feitas aos cidadãos.

    Não é crível que existam muitos outros povos, como o brasileiro, tão cortejado nas campanhas, para logo ao depois tornar-se um verdadeiro estorvo para os eleitos.

    Os exemplos são históricos e contumazes, e nos últimos tempos, com o auxílio do “marketing” eleitoral, as mentiras e promessas vãs são potencializadas por técnica imoral, aética, que artificialmente vem substituindo os palanques.

    A proibição de financiamento empresarial na atual campanha eleitoral, é bem verdade, as esvaziou consideravelmente até o presente momento, tornando-as menos suntuosas e exuberantes.

    O atual sistema político/eleitoral, por esclerosado, dificulta a campanha onde parcela considerável da cidadania se mostra apática, sem nenhum entusiasmo, sem esperança.

    Uma reforma política onde providências como o fim das coligações proporcionais, a adoção do voto distrital, a adoção da cláusula de desempenho e a mitigação do sistema representativo com a possibilidade de candidaturas avulsas, parecem imprescindíveis para o revigoramento e oxigenação do processo eleitoral que possa ensejar maior participação e entusiasmo ao cidadão, o que obviamente será salutar para a democracia. 

    A indiferença do povo é compreensível, contaminada que foi pela desilusão do país do “mensalão”, do “petrolão”, das fraudes dos fundos de pensão, das fraudes na Eletrobras e tantos e tantos escândalos ocorridos nos últimos anos.

    Sua Excelência, o eleitor, de tão enganado e desrespeitado parece desejar ficar a distância do atual processo eleitoral e os votos nulos e brancos  certamente que surgirão em grande quantidade.

    Ademais, as candidaturas majoritárias no nosso Município, também ao que parece não conseguiram contagiar positiva e minimamente os eleitores.

    A palavra final será dada por Sua Excelência o cidadão petropolitano que, logo, logo, voltará a ser colocado na sua condição de mero espectador dos movimentos encenados no palco do teatro de baixa qualidade que é a política petropolitana. 

    marcosbaccherini@yahoo.com.br




     

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