• Tragédia do Vale do Cuiabá: R$ 45 milhões em obras prometidas ainda não foram concluídas

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  • 11/01/2021 12:39
    Por Janaína do Carmo

    Dez anos após a tragédia que atingiu o Vale do Cuiabá e região, em Itaipava, o cenário de destruição deixado pela força da água, que desceu das encostas, e pelo intenso volume de chuva, deu lugar a uma paisagem de desolação e tristeza. Nessa década, a vegetação tomou conta das áreas antes habitadas (não apenas pelas casas, mas pelos sonhos e conquistas dos moradores).


    A tragédia mobilizou milhares de pessoas, que em uma corrente de solidariedade conseguiram doações para ajudar as vítimas. Já os governos municipal, Estadual e Federal fizeram promessas de reconstrução das áreas atingidas. No entanto, uma década após o temporal, que matou 74 pessoas, 30 desaparecidos e quase 200 desabrigados, ainda há obras prometidas que nem saíram do papel.


    Entre as intervenções que ainda não aconteceram está a segunda etapa do desassoreamento, conformação da calha e proteção de talude dos rios Carvão, Santo Antônio e Cuiabá; a instalação de área de lazer em trecho de, aproximadamente, três mil metros quadrados, entre as margens dos rios Piabanha e Santo Antônio e a criação de um parque fluvial na localidade conhecida como Buraco do Sapo, com equipamentos e mobiliários urbanos, quadra e campo de futebol, restauração florestal da área, dentre outras ações.

    Essas obras, que somam um investimento de R$ 45 milhões, são de responsabilidade do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Em nota, o instituto informou que as obras “foram licitadas, restando apenas o Ministério do Desenvolvimento Regional efetuar a homologação”. A conclusão dessas intervenções tem como principal objetivo a proteção das faixas marginais dos rios, que foram destruídas pela força da água.

    Para as obras foram investimentos em toda a região Serrana R$ 325 milhões do Governo Federal, e cerca de R$ 79 milhões, do Fecam.


    Em nota, o Inea informou também que também realizou na região o desassoreamento, adequação da calha, além de proteção, contenção e urbanização das margens dos rios Carvão, Santo Antônio e Cuiabá. A Tribuna questionou sobre a reconstrução de duas pontes na região, mas até o momento não obtivemos resposta do Inea.
    Também em nota, a Prefeitura de Petrópolis respondeu que “em relação à infraestrutura na região, governos municipal, estadual e federal atuaram na construção de muros de gabião, alargamento do Rio Santo Antônio e arruamento”.

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