• LNCC identifica nova linhagem do coronavírus no Estado do Rio

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  • 23/12/2020 19:50

    O Laboratório de Bioinformática – Labinfo, do Laboratório Nacional de Computação Científica  (LNCC) identificou cinco mutações, caracterizando uma possível nova linhagem originária do B.1.1.28 do novo Coronavírus. A análise, conduzida em colaboração com o Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as Secretarias de Saúde de Maricá e do Rio de Janeiro e o Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels sequenciou 180 genomas do SARS-CoV-2, provenientes de amostras do Estado do Rio de Janeiro.

    A B.1.1.28 já circulava no Brasil no início do ano. As mutações são no C100U, C28253U, G28628U, G28975U e C29754U. Além dessas cinco, a mutação G23012A (E484K), no domínio de ligação ao receptor da proteína Spike, está amplamente espalhado nos genomas dessa linhagem. E484K foi anteriormente associada ao escape de anticorpos neutralizantes contra SARS-CoV-2.

    A pesquisadora Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos, que é geneticista e bioinformata com doutorado em Genética pela UFRJ e que tem experiência na área de Bioinformática e de Biologia Computacional, atuando principalmente na integração de dados das várias camadas multi-ômicas através da computação de alto desempenho, além de responsável pelo Labinfo do LNCC, explica que de acordo com as análises filogenéticas, o surgimento desta nova linhagem ocorreu em julho de 2020 e foi identificada, principalmente, no Rio de Janeiro, em Cabo Frio, Niterói e Duque de Caxias na Baixada Fluminense.

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    Segundo Ana Tereza não existe indicação que essa linhagem seja mais transmissível ou que possa interferir na efetividade das vacinas que estão sendo desenvolvidas. Entretanto, ela ressalta a importância de estudos contínuos de vigilância genômica para análise da dispersão dessa nova linhagem e na identificação de novas variantes do SARS-CoV-2 no estado do Rio de Janeiro e no Brasil. As análises indicam que a linhagem B.1.1.28 aparece como emergente, sendo identificada em 38 dos 180 genomas sequenciados. Por outro lado, os pesquisadores apontam que a linhagem B.1.1.33 está em declínio. O trabalho foi financiado pela Faperj, Ministério da Ciência e Tecnologia e submetido em 20 de dezembro ao MedRxiv.

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