Enem PPL: jovens do Degase vão disputar vagas no Ensino Superior
O Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) correspondente ao ano de 2020 teve as inscrições prorrogadas até a próxima sexta-feira, dia 18 de dezembro. As provas serão aplicadas nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2021 nas unidades socioeducativas ou prisionais de todo o país, seguindo os protocolos do atual contexto da pandemia de Covid-19.
Na edição do ano passado, o Enem PPL recebeu 46.240 inscrições em todo o país, com 1.128 instituições prisionais e socioeducativas homologadas para aplicação da prova em 25 estados e no Distrito Federal. Destes, 178 foram inscritos pelo Degase enquanto cumpriam medida socioeducativa no estado do Rio de Janeiro. Este ano, proporcionalmente ao número de adolescentes atendidos, que diminuiu em virtude da pandemia, o Departamento já inscreveu 143 jovens, entre meninos e meninas.
Para o diretor-geral do Degase, Márcio Rocha, o Enem PPL é a primeira oportunidade dos socioeducandos de experimentar a dinâmica de participação em um processo seletivo acadêmico.
“Embora a participação seja gratuita e voluntária, para estimular essa experiência, todos os adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de privação ou restrição de liberdade no Degase e que cursam o Ensino Médio são motivados a se inscrever para realização do exame”, explica Márcio Rocha.
O Degase realiza as provas em suas unidades desde 2010 e, segundo a Divisão de Pedagogia do Departamento, ao longo destes anos há histórias de adolescentes aprovados para cursar o nível superior em universidades públicas nas áreas de Direito, Pedagogia, Teologia, entre outras. Além disso, socioeducandos também conseguiram bolsas de estudo em universidades privadas por meio do ProUni, utilizando resultados obtidos nas avaliações do Enem.
O Degase reforça ainda que, além dos resultados obtidos nas avaliações, a importância de proporcionar aos jovens em cumprimento de medidas socioeducativas a oportunidade de participar de exames como o Enem favorece sua autoestima e valorização pessoal, e fortalece a reflexão sobre a possibilidade de construção de um novo projeto de vida.
“Podemos observar que estes adolescentes tornam-se multiplicadores desta possibilidade em suas famílias e comunidades, estimulando a participação de outras pessoas em processos seletivos similares”, concluiu Luanna Vital, diretora da Divisão de Pedagogia do Degase.