• Defensoria Pública cobra explicações da Prefeitura sobre falta de médicos na UPA e no ponto de apoio para covid-19 no Centro

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  • 14/12/2020 10:33

    A Defensoria Pública está cobrando explicações da Prefeitura sobre a falta de médicos na Unidade de Pronto de Atendimento (UPA) e no ponto de apoio para covid-19 no Centro, ocorrida no último domingo (13). A instituição recebeu diversas denúncias de pacientes que não conseguiram atendimentos nos dois locais. O documento com as recomendações será entregue nesta segunda-feira (14) e a Prefeitura tem três dias para responder.

    “No fim de semana passada também houve problemas nos atendimentos. Segundo o município, tinha prova de residência, o que fez com que os médicos não comparecessem ao plantão. Se o governo municipal já sabia dessa prova, porque não comunicar os pacientes e conseguir previamente equipes para substituir os médicos e, assim, evitar a suspensão dos atendimentos?”, questionou a defensora pública Andréa Carius. 

    Entre as recomendações da Defensoria Pública está: manter as equipes das UPAs e dos pontos de apoio para covid-19 completas; informar a população, diariamente, pelas redes sociais, site e aviso fixados nas unidades sobre os locais de atendimento de covid e não covid; transferência de paciente em ambulância da unidade com atendimento suspenso para outra unidade (caso necessário); realização e requisição de serviços particulares em dias que houver suspensão de atendimento em, ao menos, duas unidades de urgência da rede municipal; informar, diariamente, à Defensoria Pública, a composição das equipes das unidades de urgência, incluindo os profissionais faltosos e os motivos da falta de médicos; qual a ocupação de macas em cada unidade de atendimento e o número de pessoas atendidas diariamente, e se há equipes reservas nesses pontos.

    “Eu liguei por volta das 18h30 para a UPA do Centro e fui informada que não estavam atendendo na tenda exclusiva do covid. Além disso, a UPA também estava com o atendimento suspenso em razão de pacientes com suspeita de coronavírus que estavam isolados na unidade. A população precisa ser avisada da suspensão desses atendimentos e onde deve  buscar o serviço”, ressaltou a defensora, acrescentando que no documento com as recomendações também está solicitando a escala das equipes dos próximos 15 dias de todas as unidades de urgência.

    De acordo com a defensora, na manhã desta segunda-feira (14) há dois pacientes com covid-19 na fila por uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Há ainda cinco pessoas (não covid) também aguardando por UTI. “Fica a pergunta: se são só dois pacientes covid na fila, por que o fechamento da UPA Centro? Fecharam a unidade inteira para abrigarem somente duas pessoas? Vamos indagar quantos pacientes covid tinha ontem (domingo) na unidade, e que horas foram transferidos para os hospitais”, citou Andrea Carius.

    A Prefeitura informou por meio de nota que “todos os atendimentos se encontram normalizados nas Unidades de Pronto Atendimento do município na manhã desta segunda-feira. Informa ainda que, neste final de semana, e devido ao grande número de pacientes suspeitos de covid-19 que têm buscado auxílio no Ponto de Apoio do Centro da cidade, deslocou médicos da própria UPA e da UPA de Itaipava ao local. Desta forma, permaneceram durante todo o final de semana sendo atendidos na UPA Centro todos os pacientes classificados como urgência e emergência. Pacientes com demais enfermidades foram encaminhados a outras unidades de saúde do município, como UPA Cascatinha, UPA Itaipava e Pronto Socorro do Alto da Serra. Vale ressaltar que muitos médicos do quadro do município estão afastados por pertencerem ao grupo de risco ou por terem contraído a doença. A prefeitura informa que, dos 37 leitos de UTI – covid anunciados na última semana, 12 foram entregues até o momento. Ao todo, 07 no HNSA e 05 no SMH. Outros leitos serão disponibilizados ao longo da semana como já havia sido divulgado”.

    Na semana passada, a Tribuna já tinha denunciado a falta de médicos no ponto de apoio ao lado da UPA do Centro. Os atendimentos ficaram suspensos entre 3h da tarde até meia noite. Em nota, a Prefeitura justificou a ausência dos profissionais informando que eles estavam em atendimento de urgência na UPA e em transferências de pacientes.

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