• Porque a faixa etária de cinco em cinco anos

  • 12/12/2020 00:01

    Embora o exercício físico seja um fator que melhora a qualidade de vida das pessoas, o envelhecimento é inevitável e os chamados marcadores fisiológicos são dados que medem o quanto cada indivíduo está envelhecendo. Matsudo 1992 mostrou em seus trabalhos que o VO2 Máximo (um marcador fisiológico fiel) diminui em média 1% ao ano se acentuando essa queda após a terceira década de vida. Quem pratica exercícios físicos regularmente como a corrida de rua têm condicionamento físico superior ao sedentário variando de 10 a 38% mas, assim mesmo existe uma queda de rendimento anual. A diferença é que essa queda no corredor começa de um patamar bem acima. Essa é a principal razão das faixas etárias serem de cinco em cinco anos e não de dez em dez porque por década a queda de rendimento pode chegar a 10% em alguns casos dependendo de outra série de fatores como genética, regularidade, intensidade do exercício praticado e o número de lesões sofridas ao longo de anos de treinamento. Por isso a queda de rendimento é maior nos mais velhos. Assim como pode não fazer sentido um jovem de 29 anos competir com um de 20, faz menos ainda um de 59 competir com um de 50, diferença ainda maior aos 60 e 70 anos. Antes da pandemia estatisticamente na última década as faixas etárias que mais cresceram em número de participantes nas corridas foram as acima de 60 anos que obrigou as organizações incluir as faixas etárias de 60/64; 65/69; 70/74; 75/79 e acima de 80 anos a critério do organizador de acordo com o perfil de cada região.

    Esse crescimento das corridas virou um bom mercado para quem trabalha direta e indiretamente com esse segmento. Quando as corridas voltarem ao normal esperamos que as organizações se preocupem em agradar os corredores pra todo mundo ficar satisfeito. Os organizadores ganharem o seu “dim dim” e os corredores felizes com a premiação na faixa etária. Prof. Moraes

    Leituras Sugeridas: 1) ARAÚJO, Claudio Gil Soares de; HERDY, Artur Haddad; STEIN, Ricardo. Medida do consumo máximo de oxigênio: valioso marcador biológico na saúde e na doença. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 100, n. 4, p. e51-e53, 2013.

    2) HAYFLICK, L. Como e por que envelhecemos. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

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