• Ninguém pode prometer o que não tem

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  • 08/09/2016 12:35

    Estamos a menos de trinta dias das eleições municipais. Entendo que é a festa maior da democracia, e uma jornada difícil para os candidatos, principalmente para os candidatos a vereador.

    Sabemos todos, que o regime é presidencialista, ou seja, o poder do nosso alcaide continua a ser muito forte, produto do nosso processo ainda juvenil da democracia brasileira.

    Sei, que grande parte daqueles que ainda votam procuram ler, ouvir ou assistir em nossas TVs a cabo, o que os nossos candidatos falam e prometem.

    Deveria ser parte de uma cartilha participativa, e entregue a cada um dos mais de 200 mil eleitores, o que “Petrópolis arrecada de direito, e o que recebe de fato”, vide as UPAs, pelas quais Petrópolis já tem mais de R$ 20 milhões a receber do Governo do Estado, e, com a grande recessão, o que nossa cidade tem deixado de receber da parte que lhe caberia, não fosse a crise, da qual ela é apenas vítima.

    Quando o eleitor recebe o abraço do candidato, seja ele quem for, até por uma questão de educação, não pergunta o que sinceramente dá para melhorar.

    Petrópolis, no seu orçamento que é público, não consegue separar, sequer, e assumo o que digo, 10% para novos investimentos.

    Nenhum candidato a prefeito, seja ele o atual, ou qualquer dos novos, pode afirmar que vai fazer, pois simplesmente, nos próximos dois anos, com certeza, não terá recursos para novas realizações. Somente manter o que aí está. 

    Queria ver todos os candidatos, todos mesmo, assinarem um documento assumindo que, nos próximos anos, trabalharão para enxugar a máquina pública na sua atividade-meio, ou seja, aquela que não faz falta para o cidadão que paga tudo que lhe é cobrado, e recebe apenas parte do que lhe é devido.

    Imagine cidadão, o contribuinte que paga tudo, saber e ver que tudo pode melhorar.

    Nesta época de vigilância eleitoral, não podemos falar daquilo que entendemos ter avançado, e muito se avançou, mas não posso deixar de conhecer, enquanto cidadão, que, se não foi perfeito, poucos lutaram tanto para melhorar o caixa da Prefeitura como o secretário Paulo Roberto Patuléa, homem que briga, não tem medo de cara feia, arrumou inimizades que inclusive, atrapalharam o atual governo, mais jamais abdicou da sua posição de recolhedor de impostos, caminho determinado pelo prefeito.

    Por isso, o eleitor não deve acreditar em milagres, mas sim no que recebeu de bons serviços do governo municipal e naquilo que pode ser melhorado.

    Infelizmente, o governo do estado, e não estou aqui para dizer que tudo foi ruim nos últimos 20 anos, falhou ao não reconhecer onde errou. Aliás, é próprio da maioria dos políticos, mas nos últimos anos, o governo do nosso estado, simplesmente esqueceu dos seus. Por isso, vale repetir o velho adágio popular que diz: “É melhor uma andorinha na mão que duas voando”.

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