• Estado do Rio de Janeiro apresenta 736 ameaças de desastres

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 31/08/2016 17:48

    O Departamento Geral de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro – DGDEC- RJ apresentou na manhã desta quarta-feira (31), em Petrópolis, o Mapa de Ameaças Múltiplas. A ferramenta foi desenvolvida pelo DGDEC- RJ com o apoio das 92 Defesas Civis municipais e contempla as 736 principais ameaças de desastre que rondam o território fluminense, sendo 460 naturais e 276 tecnológicas. Os dados do mapa foram apresentados em uma palestra realizada no campus Barão do Amazonas da Universidade de Católica ministrada pelo Coronel Paulo Renato Martins Vaz, diretor-geral de Defesa Civil do estado. O Mapa de Ameaças Múltiplas do Estado do Rio de Janeiro está disponível para acesso na plataforma virtual MindMeister através do endereço: www.mindmeister.com/696500912.

    O Mapa de Ameaças Múltiplas teve origem após o desastre das chuvas em 2011 na Região Serrana. O fato desencadeou a elaboração de 970 planos de contingência (elaborados de 2012 a 2015). Além disso, o mapa foi reconhecido pela ONU em 2012 e apresentado na Conferência Mundial das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastre (2015).

    “O levantamento é reconhecido pelas Nações Unidas como um dos experimentos mais relevantes sobre o tema no continente e apresentado na Conferência Mundial da ONU para redução do risco de desastres no planeta, em Sendai, no Japão. Após ter sido aprovado por um júri internacional, o Mapa de Ameaças Naturais do Estado do Rio de Janeiro, edições dos anos de 2012 e 2014, deu origem à nova ferramenta que, agora, apresenta também os principais perigos tecnológicos do estado. O trabalho foi focado na prevenção, com o objetivo de ter um diagnóstico dos principais problemas do estado, a partir das bases científicas e das consultas com os órgãos que trabalham com os dados em cada cidade. O mapa começou a ser elaborado após o desastre ocorrido na Região Rerrana em 2011, porque essa catástrofe foi um divisor de águas na própria Defesa Civil. Não podemos esperar acontecer para tomar providências. O enfrentamento tem que ocorrer em conjunto com todas as esferas governamentais”, contou o Coronel Paulo Renato.

    Como consequência desse trabalho, o DGDEC está propondo às prefeituras o desenvolvimento orientado de 736 planos de contingência municipais, um para cada ameaça identificada e hierarquizada. O levantamento deve ser entregue até dezembro. 

    “O mapa foi lançado em junho e agora a discussão está nas universidades e defesas civis de cada município, com o objetivo de promover o tema da prevenção, que é fundamental para todos os setores da sociedade, tão importante quanto a saúde e educação, tanto que o assunto já está no currículo dos ensinos fundamentais e médio e achamos que deveria estar, inclusive, na educação infantil, dada a importância da prevenção para todos”, explicou o coronel.

    O mapa foi fundamentado na classificação e codificação Brasileira de Desastres (Cobrade). A classificação foi feita com 49 símbolos pictóricos, sendo 32 naturais e 17 tecnológicos. Os principais resultados dos fenômenos naturais foram deslizamentos 21,6%; inundações, 20%; alagamentos 16%, e enxurradas 10,8%. Já os principais resultados dos fenômenos tecnológicos foram os Desastres Relacionados à Transporte de Produtos Perigosos 27,7%; Acidente Rodoviário envolvendo o Transporte de passageiros ou cargas não perigosas 17,6% e Colapso de Edificações 9,1%. As principais ameaças naturais em Petrópolis, por ordem de importância, são: deslizamentos, inundações, quedas, tombamentos e rolamentos e incêndio florestal. Já os desastres tecnológicos apontados na região são vendaval, desastres relacionados a transporte de produtos perigosos, desastres relacionados a transporte de passageiros e cargas não perigosas e transporte rodoviário e a liberação de produtos químicos para a atmosfera.

    De acordo com o mapa, os próximos passos que deverão ser seguidos, agora, são de, para cada ameaça identificada, um plano de contingência municipal: 736 ameaças múltiplas, 736 planos de contingência. Para cada plano de contingência, um exercício simulado: 736 planos de contingência, 736 exercícios simulados. Os planos de prevenção serão incluídos futuramente em uma plataforma nacional, em 2017.

    Últimas