Basquete: morre Marlene Bento, da seleção entre os anos 50 e 70
Nesta terça-feira (27), o basquete brasileiro está de luto. Aos 82 anos, morreu Marlene José Bento, ex-capitã da seleção nacional. Pivô, a atleta fez parte da geração vitoriosa que fez muito sucesso entre as décadas 50 e 70. Ganhou cinco medalhas em jogos Pan-Americanos (bronze em 1955, prata em 1959 e 1963 e o ouro em 1967 e 1971) e participou da histórica conquista do bronze no Mundial de 1971, disputado em São Paulo.
Ela foi contemporânea de Heleninha, Nilza, Norminha e Maria Helena Cardoso. “A Marlene jogou comigo desde o meu início na seleção em 1957. Foram mais de 50 anos de convivência. Na época, ela era a mais alta. Bastante forte, reboteira. Uma líder com muita personalidade. Trabalhava sempre de forma coletiva. A gente se dava muito bem. Estou muito triste mesmo com a morte dela. Tinha conversado com ela há menos de um mês. Ela ficou muito feliz. Foi uma despedida. Mas essa notícia, realmente, me pegou de surpresa. Lamento muito mesmo. Foi uma grande amiga e merece todas as homenagens”, disse a ex-jogadora e treinadora da seleção brasileira, Maria Helena Cardoso.
Depois de se aposentar como atleta, Marlene tornou-se técnica e foi uma das responsáveis por revelar a ex-jogadora Hortência, um dos maiores talentos que o basquete nacional já teve. “Uma homenagem e todo meu agradecimento a minha primeira técnica de basquete, a Marlene! Virou uma estrela”, disse a campeã mundial e medalhista de prata olímpica por meio do seu perfil no Twitter.
Marlene nasceu no Rio de Janeiro em 1938 e morreu em Niterói. A família não revelou a causa da morte. Nos clubes, ela começou a carreira no Clube do Sargento, depois passou por Botafogo, Flamengo e São Caetano. Além das conquistas com o uniforme verde e amarelo, venceu os Sul-Americanos de 1958, 1965, 1967, 1968 e 1970.