• Estudo aponta presença de facções criminosas e milícia em comunidades de Petrópolis

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  • 20/10/2020 15:00

    Um estudo realizado pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (GENI/UFF), a datalab Fogo Cruzado, o Núcleo de Estudos da Violência da USP, além da plataforma digital Pista News e o Disque-Denúncia, sobre a presença de grupos armados em localidades do Rio de Janeiro, apontou a presença de facções e da milícia em comunidades de Petrópolis. 

    Os locais citados pelo estudo indicam que o Roseiral, estaria sob domínio da milícia e a Comunidade do Alemão, no Retiro, pertenceria a outra facção criminosa. As localidades são as únicas  da Região Serrana, mencionadas na pesquisa. 

    De acordo com alguns dados revelados pelo levantamento, as milícias já controlam 27,7% dos bairros do Rio, totalizando 58,6% da superfície territorial da cidade. As informações são de 2019 e apontam o rápido crescimento dessas organizações criminosas, que começaram a se articular a partir do início dos anos 2000.

    Comando Vermelho, que hoje ocupa 26,4% dos bairros, e outras facções como o Terceiro Comando (8,8%) e Amigo dos Amigos (2,0%) já estavam formados desde o início da década de 90.

    A Secretaria de Estado de Polícia Civil informou, por meio de nota, que não comenta dados e pesquisas que não sejam oficiais. Ainda, segundo a nota, dados da subsecretaria de Inteligência (Ssinte) mostram números diferentes.

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    Destacou ainda que após cerca de 10 anos sem uma política efetiva de combate às milícias, a atual gestão do Governo do Estado, por meio da Polícia Civil, criou uma Força-Tarefa para coibir este tipo de crime. Em menos de um mês já foram realizados diversos serviços de inteligência e operações contra milícias. 

    Ainda segundo a Polícia Civil, o combate às milícias é prioridade para a atual gestão que, inclusive, alterou o sistema de pontuação no ranking de metas da corporação, incluindo este tipo de crime que até então não possuía pontuação.

    Já a Polícia Militar informou que o comando do 26ºBPM (Petrópolis) emprega seu efetivo no policiamento em viaturas, motocicletas e a pé diuturnamente. E ressaltou que operações pontuais são realizadas rotineiramente com o objetivo de reprimir ações criminosas na área de atuação do batalhão.

    “O resultado dessa estratégia apresentou a redução de índices de criminalidade importantes. De acordo com dados reunidos pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), no período de janeiro a agosto deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019, houve queda em diversas modalidades criminosas como 80% no roubo a transeunte, 52.1% no total de roubo e 41.1% no total de furto”, informou.

    A Polícia Militar ressaltou que é de suma importância que a população colabore realizando denúncias através do Disque-Denúncia 2253-1177 ou, para casos urgentes, através de nossa Central 190. Os registros em delegacias também são essenciais, pois colaboram com a revisão do planejamento operacional na área onde a mancha criminal é mais acentuada.

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