• Casarões em ruínas, localizados no Centro Histórico, podem ser recuperados

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  • 21/08/2016 13:00

    A restauração do antigo Cinema Petrópolis, feita pela Igreja Deus é Amor, traz à tona a questão de preservação de imóveis históricos em Petrópolis. O prédio tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), situado na Rua do Imperador, número 808, passou por reformas durante 6 anos, para que pudesse resgatar a identidade do imóvel, que funcionou por mais de 50 anos, como cinema e marcou a história de muitos petropolitanos. Ele foi reinaugurado como igreja essa semana. Porém, outras construções, localizadas no Centro Histórico da cidade, continuam apresentando estado precário de conservação. 

    Um deles, é um casarão situado na esquina da Rua Alberto Torres, que está abandonado e em ruínas há anos. Desde 2014, a prefeitura de Petrópolis firmou um convênio com a Secretaria de Estado de Cultura a fim de contratar uma empresa para a elaboração de um projeto executivo de restauração do imóvel. Os recursos a serem utilizados no imóvel, seriam provenientes do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios do Rio de Janeiro (Padec). O projeto detalhado do espaço já foi concluído. Após dois anos desde a assinatura do convênio e a Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis (FCTP) debate no Conselho Municipal de Cultura, a melhor forma de uso do imóvel e os recursos necessários para as obras. 

    Já a Casa Franklin Sampaio, que fica na Praça da Liberdade, será recuperada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Construída em 1874, o imóvel está abandonado há mais de duas décadas. A estrutura também encontra-se em ruínas. O imóvel já foi sede do governo do estado, entre 1894 e 1897. A recuperação dele, partiu de uma decisão judicial, que obrigou o Iphan a fazer as intervenções mais urgentes. O órgão informou que a planilha de custos para as intervenções estão sendo atualizadas e, quando houver recursos – ainda sem previsão, será contratada a elaboração de um projeto executivo para nortear a obra. A primeira etapa, de acordo com o Iphan, deve contemplar as ações emergenciais para estancar o arruinamento do monumento. 

    Outro prédio tombado, que precisa de reparos em sua parte externa é o Theatro Dom Pedro. A  construção tem um estilo eclético e decoração interna, idealizada pelo petropolitano Carlos Schaeffer, que reúne estilos geométrico, mitológico e futurista. Inaugurado em 1933, pela empresa D’Angelo e Cia. Ltda., foi restaurado e reaberto pela prefeitura em 2003.

    Apesar de a parte interna estar conservada, a fachada e laterais do prédio, apresentam sinais de deterioração e também de vandalismo, como pichações. Para a recuperação dessas áreas, existe um convênio entre a prefeitura e o Ministério do Turismo para garantir a restauração. O termo de referência apresentado pelo município, que serve de parâmetro para licitar a empresa para a confecção do projeto executivo, já foi aprovado pela Caixa Econômica Federal. Após essa fase, o município realizará uma segunda licitação, para a realização das obras. 

    Outro imóvel, que está abandonado, e fica no coração da cidade, é o prédio localizado entre a esquina da Rua do Imperador, com a Alencar Lima, onde funcionou o Banco do Brasil. Aconteceram várias especulações sobre o destino do espaço, como a transformação em um Centro Cultural, como existe no Centro do Rio e também que seria vendido para a Secretaria de Fazenda do município. A assessoria de imprensa do Banco do Brasil foi questionada, mas não se pronunciou até o fechamento da edição. 

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