Eleições 2020: Tribuna entrevista o candidato a prefeito Matheus Quintal sobre Educação

Matheus Quintal é candidato a prefeito pelo Republicanos, na chapa: Petrópolis levada a sério!

Países de primeiro mundo se preocupam, além de que oferecer Educação, formar cidadãos.  Hoje, no dia a dia, pequenos atos de desonestidade, como não revelar um troco errado, furar uma fila, levar uma vantagem, são comuns.  Isso reflete no ambiente de corrupção que se instituiu no país. Como a educação em Petrópolis pode formar melhores cidadãos para que isso reflita na escolha de seus gestores e na vida em comum?

Tenho conversado com educadores e é senso comum que não há necessidade de novas disciplinas no currículo para que essas valores sejam transferidos aos alunos na escola. O importante é garantir o engajamento de cada professor. Eu tenho o projeto de implantar um grande programa de voluntariado a partir da Prefeitura. Vamos engajar os alunos no processo de transformação de Petrópolis que vamos promover. É importante para aprenderem a respeitar as diferenças, ajudar quem precisa e reforçar valores positivos em nossos jovens.

Sem professores qualificados não há uma boa educação.  Japão, Coreia e Finlândia são exemplos de valorização dos professores. Nestes países, eles não recebem menos que R$ 12 mil reais por mês. E a maioria dos recursos do Fundeb, em Petrópolis, é usada para pagar professores. Mesmo assim, a classe reclama de remuneração, condições de trabalho e falta de aperfeiçoamento profissional. Como a sua gestão vai avançar na Educação?

Teremos o desafio de atender a determinação da Justiça para acabar com a contratação de professores como autônomos, os RPAs, sem impactar nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. É preciso detalhar o orçamento para viabilizar melhoria na remuneração dos professores. Mas nosso compromisso é trabalhar com metas de eficiência. Além disso, vamos investir na capacitação dos professores, trazer a tecnologia para a sala de aula e melhorar a  estrutura das escolas. Valorizar professores  e o ensino é o caminho em que acredito.

O ensino profissionalizante tem sido uma grande alternativa para formar os jovens em educação e, ao mesmo tempo, inseri-los no mercado de trabalho. Mas, o ensino profissionalizante oferecido hoje na cidade foca pouco nas nossas vocações, como a tecnologia e o turismo.  Se estes são setores promissores na cidade, como formar o jovem para trabalhar no polo tecnológico e na rede de turismo da cidade?

Petrópolis precisa diversificar a sua economia, trazer mais investimento, empregos, e tirar do papel o Distrito Industrial da Posse, que só é lembrado na época da eleição. O ensino profissionalizante não é responsabilidade da Prefeitura. Ele fica a cargo do governo estadual. Mas nós podemos estimular as crianças na Educação Infantil e no Ensino Básico, para formar alunos melhores para o Ensino Médio e profissionalizante. Além disso, vamos procurar o setor privado para promover vagas de trabalho da aprendizagem.

Depois de seis décadas de tragédias só agora Petrópolis incluiu em sua grade curricular a prevenção a desastres com ensino de Defesa Civil nas escolas.  O que mais precisa  ser incluído na educação de Petrópolis para a formação do aluno como cidadão responsável e consciente?

A educação não pode ser apenas “passar de série”. Formar cidadãos e transmitir valores para além das disciplinas é um desafio. Mas vamos usar os recursos que já temos, nossos museus, nossa diversidade cultural, e aliar isso à tecnologia para abrir a janela do conhecimento e despertar o interesse das nossas crianças e desenvolver suas habilidades. Um ensino plural, de alto nível e universal é o caminho para a transformação de Petrópolis nas próximas gerações.

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