• Residências condenadas são invadidas no Morin

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  • 18/08/2016 18:50

    As residências localizadas na Rua Otto Reymarus, no Morin, que foram interditadas após a tragédia de março de 2013, depois das fortes chuvas que atingiram a cidade, estão sendo invadidas. Os proprietários dos imóveis denunciam que os ocupantes estão reformando suas casas. As famílias tiveram que deixar o local com ordem da Defesa Civil e, desde então, recebem o benefício aluguel social para morarem em casas alugadas. O estado é o responsável pelo programa Morar Seguro, que foi instituído na época da região. A Tribuna tentou contato com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). 

    O deslizamento de uma pedra ao lado da casa do taxista Samuel Ramos Barão, de 51 anos, fez com que toda a rua fosse condenada devido ao risco de novos escorregamentos. Hoje, quem luta pelos direitos do pai são as duas filhas Amanda e Carina Barão. Na época, Samuel morava com Amanda, mas precisaram sair de casa e desde então ele mora no bairro Duchas, enquanto ela mora com o marido. 

    “Quando houve a invasão, o pessoal do bairro avisou a gente. Eu fui lá e vi que tinham coisas dentro da casa, como cama fogão e telhado que o meu pai havia retirado. Além de terem puxado energia e estarem aparentemente reformando, pois colocaram janelas que haviam sido retiradas também”, conta.

    Há três meses o taxista não recebe o auxílio e o motivo não foi explicado. Apesar disso, a maior preocupação é com a perda dos direitos e com a finalidade com que a casa está sendo utilizada. “A casa é dele e o terreno também, já tinha quase três anos que ele morava lá. Temos medo que ele perca o que conquistou, já que não pode voltar para casa por causa da interdição. Na época ainda falaram que um parque seria construído no local e que as famílias seriam indenizadas, mas até hoje nada. Todavia, o pior é que não sabemos quem está na casa e para qual fim ela está sendo usada. É próximo à Serra Velha da Estrela e bem deserto”, declara Amanda, que ainda disse que na manhã desta quinta-feira (18) entrou em contato com a Defesa Civil e foi informada que teria que acionar a polícia para a retirada das pessoas. 

    “Estão invadindo as casas. O que me deixa intrigada é que se os antigos moradores não podem voltar, por qual motivo essas pessoas podem habitar as casas, enquanto as famílias de lá se sujeitam ao aluguel social? Outras pessoas irão roubar suas casas?”, questiona Carina. 

    O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) informou que a crise do Estado impactou nos projetos de desfazimento, como o Morar Seguro. O INEA não é institucionalmente responsável por este tipo de fiscalização. 



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