Com doença rara, menina petropolitana de 7 anos precisa de doações de medula óssea e sangue

A petropolitana Laura Moraes de Andrade tem apenas 7 anos e é uma grande guerreira. Há cerca de um mês foi diagnosticada com aplasia medular, ou seja, seu organismo não consegue produzir células sanguíneas suficientes e ela precisa de um transplante de medula óssea. Seus familiares e amigos estão fazendo uma campanha pela doação de medula e sangue. A doação de medula é simples e pode salvar a vida da Laura e de milhares de pessoas que estão a espera de um doador. 

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A menina está internada desde o dia 04 de agosto no CHN – Complexo Hospitalar de Niterói, onde faz o tratamento. Ela precisa de bolsas de sangue constantemente para repor as células que não consegue produzir. Por isso é tão importante a doação também de sangue. A família faz um apelo principalmente neste período de pandemia, quando os estoques dos bancos de sangue reduziram significativamente.

Em Petrópolis, ainda não é possível fazer o cadastro para ser um doador de medula, mas pode ser feito em um dos bancos no Rio de Janeiro. Vanessa Ribeiro Morais, tia da Laura, explica que o objetivo é não só ajudar a Laura, mas conscientizar as pessoas sobre como um gesto simples pode ajudar a salvar vidas. 

“É extremamente necessário que faça uma campanha de verdade para que o banco de sangue do Hospital Santa Teresa consiga estar abastecido para fazer a doação para todo mundo que precisa, e quem sabe ele se torne um possível cadastrador de medula óssea. Toda cidade deveria ter. A gente não sabe o quanto é necessário até que alguém do nosso lado, alguém que a gente ame muito precise de um doador de medula”, disse Vanessa.

Ainda há muitas dúvidas sobre como fazer a doação de medula. Para o doador, fazer o cadastro em um dos bancos não significa que ele será imediatamente compatível com algum paciente que está esperando. Mas para quem está na fila,  quanto mais pessoas se cadastrarem, aumenta muito mais as chances de encontrar a medula compatível. 

A tia da Laura, Agne Hercilia Carneiro Teixeira, contou que fez o cadastro para ser doadora há alguns anos, sem nem mesmo imaginar que algum dia sua sobrinha precisaria de um doador. Mas infelizmente ainda não teve a compatibilidade com nenhum paciente que precisa. Na época Agne fez a doação em Petrópolis, através da mobilização de uma campanha para ajudar um paciente, uma criança assim como a Laura. 

“Foi um dia muito especial, pois fomos testemunhas de quanto é importante sermos solidários, amar o próximo, ver a gratidão dos familiares do menino que agradeciam com lágrimas nos olhos e diziam que ajudaríamos não só ao seu pequeno, mas muitas pessoas também. Infelizmente há um tabu, falta de informação a respeito de ser doador de medula”, disse Agne.

Para ser doador de medula é necessário ter entre 18 e 55 anos. Estar em bom estado de saúde. Não ter histórico de câncer, doenças do sistema imunológico ou que possam ser transmitidas no sangue. 

O primeiro passo é fazer o cadastro em um dos centros (listados no fim da matéria), onde é feita a coleta de 5 ml de sangue para o seu mapeamento genético. Esses dados são cruzados com pacientes de todo o mundo que precisam de doação. A doação da medula só é feita se o doador for compatível com algum paciente. Ai sim, a doação é feita por punção no osso da bacia ou através de coleta de sangue por aférese. Todo o procedimento é feito no Brasil, o mais próximo de sua residência. 

Confira os locais para doação de medula: 

Banco de sangue Instituto Nacional do Câncer José Alencar G. da Silva – INCA 

Endereço: Praça Cruz Vermelha, 23, 2° andar, Centro, RJ.

Horário: segunda a sexta: 08:00 às 14:30

Telefone: (21) 32071580

Núcleo de Hemoterapia do Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ

Endereço: Boulevard 28 de Setembro,  109, Vila Isabel, RJ

Horário: segunda a sexta das 08:00 às 15:00

Telefone: (21) 28688134

Doação de sangue: Clínica de Hemoterapia Almirante Teffé, 594, sobrado, Centro, Niterói. 

Horário: segunda a sexta das 07:00 às 16:00

Sábado das 08:00 às 12:00