Lojistas cobram retorno do horário normal de funcionamento do comércio
O setor de bens e serviços em Petrópolis vem reivindicando junto ao poder público que o horário de funcionamento do comércio na cidade retorne para o praticado antes da pandemia de Covid-19. As associações entendem que o poder executivo vem conduzindo de maneira adequada os cuidados para evitar a disseminação do vírus e, como consequência, mantendo as taxas de ocupação de leitos – de clínica médica e UTI – abaixo dos 40% nas últimas semanas. Para as entidades, isso mostra que a população vem seguindo os decretos e colaborando para que a normalidade volte ao município.
“Acompanhamos os números de casos registrados em nossa cidade diariamente e percebemos que a situação está controlada quando pensamos na resposta da prefeitura aos casos que inspiram cuidados nos hospitais. Isso nos deixa otimistas e mostra que a flexibilização do setor não influenciou a dinâmica de circulação do novo coronavírus. Mostra também, que a população está se adaptando à essa nova realidade e se cuidando mais”, observa Marcelo Fiorini, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio).
Em agosto foram protocolados três ofícios solicitando uma reavaliação do decreto que estipulou o horário de funcionamento do comércio na cidade. Atualmente, o Centro Histórico e ruas adjacentes tem autorização para funcionar entre 11h30 e 19h. A Rua Teresa e Rua Aureliano Coutinho podem abrir as lojas entre 9h30 e 17h30. O Sicomércio Petrópolis em conjunto com a Associação da Rua Teresa (ARTE) e representantes da Rua 16 de Março e, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) encaminharam os pedidos de retomada dos horários à prefeitura, mas nenhum dos documentos foi respondido.
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“Desde o início da pandemia o setor vem se adaptando e contribuindo com as decisões do executivo. Somos o setor que mais tempo permaneceu fechado até o momento, e que mais sofreu perdas de vagas. Resistimos sem ajuda financeira e acreditamos que agora é o momento ideal para voltarmos a praticar o horário de antes da pandemia, pois há uma estabilidade nos números de casos na cidade”, reforça Marcelo.
As entidades garantem que estão disponíveis para discutir com o secretariado municipal e com o prefeito Bernardo Rossi quais medidas poderão auxiliar o setor de bens de serviços na cidade. Elas alegam que o atual horário de funcionamento dos estabelecimentos não atende às demandas da população e do empresariado. Após as 18h, o movimento na cidade é pequeno e quem vem ao centro pela manhã para ir ao banco, por exemplo, não consegue aproveitar o tempo para resolver outras questões, pois o comércio está fechado. “Queremos expor essas dificuldades às autoridades locais”, completa Marcelo Fiorini.