Ao mestre, o carinho de sempre
Aprecio sempre as boas iniciativas. Fica até redundante dizer um óbvio. Mas, se ninguém tocar no tema e este ficar restrito aos compartimentos da sua criação, a homenagem nunca será completa ou atingirá mais plenos objetivos. Pelo menos em dimensionamento de maior alcance. Terei sido claro ou joguei palavreado fora? Eu mesmo respondo: nunca!
O CIEP CECÍLIA MEIRELES – vai com letras maiúsculas merecidamente – , acaba de criar um concurso literário destinado aos alunos. Coisa de gente inteligente e ligada no que mais vale de precioso na educação: o estímulo ao estudo, à pesquisa, ao talento da juventude, com criatividade e fugindo do lugar comum.
Pois, então, preparem todas as mãos para os aplausos.
Aplausos sinceros e sendo amplificados porque o educandário dedica o concurso ao professor, que está se aposentando, Sylvio Costa Filho, um dos mais cultos mestres petropolitanos, de raros talentos, muito acima do exigido para a profissão sublime de educador. Sylvio Costa Filho é um personagem símbolo de nossa cultura, consciente inventor de maravilhas no âmbito das artes cênicas em cuja seara vem cumprindo relevante papel cultural, educacional, artístico.
Também poeta, escritor, dramaturgo, é garra aguçada em tudo o que realiza, sempre na busca do melhor, do mais perfeito e pela constante atualização de suas criações é respeitado quanto amado pela juventude que o tem no elevado patamar de consagrado mestre das letras, artes e da vida. Sim, senhoras e senhores, da vida, que cumpre com alegria e talento.
Quem imagina o Sylvio Costa Filho aposentado?! E o que diz a Pita, sua metade em tudo e para tudo sobre o Sylvinho escarrapachado numa poltrona tomando suco de uva e se espreguiçando na modorra da falta do que fazer?!
Surrealismo impossível. Ninguém duvide.
Mas, porque a manifestação que ora externo, de cumprimento ao Sylvio da Costa Filho, criatura cênica, como eu tenho sido? Justamente por estar nos palcos e coxias, mesmos espaços dele, tanto o cênico como o da literatura. Somos, assim, irmãos de espadas e lanças, ambos acadêmicos e professores teimosamente iluminando na indiferença de muitos a chama da arte, o indispensável projeto irmão de tudo na vida.
E, também, Sylvio Costa Filho, porque a homenagem a você, como prêmio à vitória em sua vida, me faz recordar seu pai, gerente da empresa Móveis Martins Filho, que bem conheci, amável, educado, cortes, de olhar feliz e que está orgulhoso de seu rumo porque sempre acreditou em seu talento.
Que todos creem e aplaudem, sem nenhuma dúvida.