Família tenta na justiça internação para paciente colocar marca-passo

A família de Luzia França, de 78 anos, está tendo que recorrer na justiça para conseguir a transferência da paciente para o Hospital Santa Teresa (HST), para a implantação de um marca-passo. A idosa está há um mês no Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA – antiga Casa Providência) aguardando pela vaga. Uma petição da Defensoria Pública pede a internação em um prazo de 24 horas e o sequestro de R$ 20 mil das contas da prefeitura para a transferência em um leito de unidade particular, caso não haja vaga no Sistema Único de Saúde (SUS) do HST.

A petição da Defensoria Pública ainda não foi julgada pelo juiz da 4ª Vara Cível de Petrópolis, o que deve acontecer em breve. “O juiz deu liminar para cumprimento em 48h. Não cumpriram e entramos com esta petição. Está com o juiz para decidir, o que acreditamos que deve acontecer ainda nesta sexta”, informou o defensor público, Leonardo Meriguetti.

A família conta que Luzia deu entrada no dia 28 de julho na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaipava, com pressão baixa e batimentos cardíacos fracos. No dia seguinte, a idosa foi transferida para o Hospital Nossa Senhora Aparecida com indicação para o procedimento de implantação de marca-passo, o que até o momento ainda não aconteceu.

“Estão esperando minha mãe morrer para que ela seja transferida para o Santa Teresa. Não estamos entendendo essa demora. O estado de saúde dela estava bem melhor. Agora, depois dessa espera toda, ela está piorando a cada dia. Só queremos que ela seja transferida e pare com esse sofrimento”, lamentou a filha, Lucimar Ulerich, de 43 anos. “O que estamos percebendo é um jogo de empurra dos hospitais, e com isso minha mãe piora a cada dia”.

Em nota, a prefeitura informou que “a paciente já foi regulada para o Hospital Santa Teresa e aguarda a chamada da unidade particular de saúde para que seja transferida. Todos os exames necessários para o procedimento cirúrgico já foram realizados”.

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