• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Yuri Moura sobre juventude

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  • 23/08/2020 08:00

    Yuri Moura é pré-candidato pelo PSOL. É petropolitano, professor de história e gestor público especializado em cidades. Tem 10 anos de experiência na administração pública: trabalhou na Prefeitura, ALERJ, Senado e Câmara Federal. Lutou pela cassação dos vereadores corruptos; apresentou inúmeros projetos populares de lei; conquistou 2,5 milhões em recursos para saúde e educação; foi apresentador na TV e no rádio local; e colaborou com a formação de mais de mil jovens e adultos através da Escola Popular. Em 2016 foi o 3º colocado para prefeito, em 2018 teve 12.623 votos para deputado estadual.

    As drogas se tornaram um problema social relevante. E os jovens são os mais suscetíveis ao consumo de álcool, drogas ilícitas e medicamentos como estimulantes e tranquilizantes. E o consumo de drogas acaba afetando toda a estrutura familiar. Como evitar que os jovens entrem no mundo das drogas e como ajudar as famílias que já convivem com este drama?

    A questão das drogas tem recorte social e de saúde. Precisamos agir de maneira honesta. Criminalizar adolescentes, jovens negros e famílias pobres é a saída de governos com discurso fácil e sem políticas públicas. Nós defendemos ações articuladas e humanas: conscientização nas escolas, ações educativas com jovens, fortalecimento dos equipamentos de saúde e assistência social – como o CAPS AD e os CRAS. Vamos organizar uma rede de acolhimento familiar, preservando laços, sensibilizando o judiciário com os princípios do ECA para cuidar da juventude.

    A população jovem de Petrópolis é de 70 mil pessoas. Somente de 15 a 19 anos são 24 mil jovens. É nesta faixa etária que o jovem quer ingressar no mercado de trabalho e precisa estar protegido contra a ameaça das drogas. O que sua gestão vai fazer nestes dois sentidos?

    A juventude não pode ser vista como um problema, ela é potência. Sou professor e fui Coordenador de Juventude da prefeitura, trabalhamos muito e vimos que o que falta na cidade são oportunidades. Precisamos de educação integral com projetos culturais, esportivos, socioambientais e capacitação profissional nas escolas.  Fortalecer as universidades públicas e os centros de educação técnica, ampliando a oferta de cursos, programas de iniciação científica e startups. Criar o departamento do jovem trabalhador: estágio, primeiro emprego e orientação profissional.

    Relegado a um segundo plano, o esporte voltou a ser protagonista em comunidades, nas escolas e na vida dos jovens. O que Petrópolis precisa avançar não apenas em estrutura física, mas em ferramentas para que haja cada vez mais a prática de esporte entre os jovens?

    Em nosso governo vamos ampliar a prática esportiva nas escolas, organizando a rede municipal através de um sistema de referenciamento por modalidades, formando equipes para o esporte estudantil e universitário. Criando também comunidades esportivas, com atividades de saúde e lazer abertas à comunidade nas escolas, quadras, praças de bairro e através de parcerias com os clubes da cidade. Vamos contratar estudantes e profissionais de educação física, nutrição e fisioterapia, além de envolver atletas selecionados em nosso Programa Bolsa Atleta.

    Manifestações culturais surgiram na cidade por iniciativa de jovens, como festivais de música nas praças. Mas o poder público não conseguiu acompanhar e garantir ordenamento para estas atividades. O resultado é uma queda de braço entre prefeitura e organizadores atravessando vários governos. Como a sua gestão vai garantir manifestação cultural de iniciativa da sociedade?

    A praça é do povo e toda manifestação cultural é direito constitucional. As proibições arbitrárias contra rodas de rima, shows com bandas e blocos de carnaval são inaceitáveis. O poder público precisa incentivar eventos flexibilizando o código de posturas e outras regulamentações. Criaremos também o Praça Viva, formando calendário permanente de ações culturais nas praças da cidade, principalmente nos bairros, em finais de semana, gerando empregos e movimentando o comércio local. E vamos garantir recursos aos projetos previstos no Plano Municipal de Cultura.

    Ouça a entrevista completa em podcast:

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