Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Elias Montes sobre mobilidade urbana
Elias Montes tem 53 anos e é pré-candidato pelo PSL. É natural de Petrópolis, do bairro Roseiral. Mora em Cascatinha. Casado com a professora Márcia, pai de Clara e Larissa Viana. Cristão praticante, defensor dos valores da família, respeitador da diversidade de modos de vida que se enquadrem nas normas de boa convivência e na obediência às leis do país. Começou aos 13 anos como operário metalúrgico e trabalhou na GE-Celma. É Bacharel em Direito pela Estácio e diplomado na Escola Superior de Guerra em Políticas Estratégicas. Aposentou-se na Polícia Rodoviária Federal, onde chefiou a atual 6ª Delegacia, Região Serrana. É amante do esporte e faixa preta de jiu jitsu segundo grau.
As últimas obras estruturais, que interferiram diretamente na mobilidade urbana foram a duplicação da Barão do Rio Branco e da Rua Bingen, na década de 70. Desde então, Petrópolis não teve avanço na sua estrutura viária. Como sua gestão vai tratar a mobilidade urbana?
O caminho é viabilizar a chegada de verbas federais. O estreitamento político com o Dep. Daniel Silveira será fundamental para encaminhar as demandas de Petrópolis. De imediato, algumas ações pontuais podem garantir a fluidez do trânsito como coibir paradas na pista de rolamento e em pontos de ônibus, além de Agentes de trânsito para orientar alguns cruzamentos. No transporte público, há que se analisar os contratos de concessão e fiscalizar o serviço. A tarifa de R$4,40 é suficiente para um serviço de qualidade com frota numerosa e bem conservada, muito diferente do que vemos hoje.
Petrópolis tem hoje um Plano de Mobilidade Urbana, o primeiro da cidade e que dá as diretrizes para o setor até 2029. Qual será sua prioridade na execução do plano de mobilidade? A ausência de melhorias na BR-040, principalmente, a falta nova pista, pode interferir na execução do plano de mobilidade? Como será tratada a questão do estacionamento rotativo e ciclovias?
Nossa topografia de serra, dificulta e até inviabiliza outros modais de transportes. Diante deste fato, darei prioridade ao modal rodoviário, realizando desde ações de educação no trânsito até obras estruturantes como duplicação de vias, alças de acesso, alargamento de pontes e recuperação de vias secundárias na medida dos nossos esforços para captar recursos e parcerias. Sobre o sistema de rotativo, necessário para disciplinar o uso das vagas, existe um contrato que será respeitado, porém quem explora esse serviço não pode se tornar um inimigo da economia e dos cidadãos do município.
As empresas ônibus da cidade reclamam de queda de passageiros, que seria um dos motivos para o preço atual da tarifa. Por outro lado os usuários reclamam de ônibus cheios, filas e poucos horários. Existe a concorrência do transporte por aplicativo e o fato dos moradores estarem usando mais carros e motos, o que aumenta os gargalos no trânsito. Como equilibrar este cenário e melhorar o trânsito na cidade?
Se o número de passageiros está caindo, é reflexo da má qualidade do serviço. O sistema de transporte integrado implementado em Petrópolis precisa de mais transparência. O transporte público existe para servir a população e não o contrário. As pessoas estão deixando de andar de ônibus porque serviço é ruim e caro. O mercado deve oferecer as melhores opções e o equilíbrio deve ser encontrado mediante oferta variada de serviços. O Prefeito deve atuar para que exista uma concorrência justa entre os prestadores do transporte público; a liberdade de mercado beneficia, em particular, quem utiliza os serviços.
A mobilidade urbana requer a conservação e modernização das vias da cidade. Nos distritos, há duas situações: escoamento de produção rural em ruas ainda de terra batida e engarrafamentos nas áreas urbanas por conta dos veranistas e turistas. Em toda a cidade, de uma forma geral, há cobranças por pavimentação. Como investir em pavimentação e, principalmente, fazer a manutenção das vias com os recursos de orçamento da prefeitura?
Os motivos dos engarrafamentos já falamos anteriormente: falta de obras, estratégias de trânsito obsoletas e a ausência de agentes para orientar os motoristas que prejudicam o fluxo. Com uma gestão austera e proba, além da informatização e integração dos sistemas deixando a administração municipal mais enxuta, teremos os recursos necessário para manter nossas vias em bom estado. Também não podemos mais perder aportes da União por falta de projetos dentro dos critérios exigidos para execução das obras. São décadas de abandono em infra-estrutura mas, com determinação e uma equipe competente venceremos.
Ouça a entrevista completa em podcast: