• 100 mil podem deixar de votar em Petrópolis

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  • 05/07/2020 00:01

    Longe das urnas

    Na França, onde acabam de ocorrer eleições municipais, foi expressiva a ausência dos eleitores nas urnas. O principal motivo é o medo de contaminação já que o pleito, em dois turnos – março e junho – ocorreu em meio à pandemia.

    Histórico de ausências

    Aqui, as eleições serão adiadas e ocorrem em novembro, mas há expectativa de número de grande de eleitores longe das urnas. Petrópolis tem, historicamente, um dos maiores números de abstenções do país. Na última eleição dos 244 mil eleitores aptos, 58 mil não compareceram à votação.

    Mais que alguns candidatos

    Além disso, a cidade teve 9,4 mil votos em branco e 17 mil nulos. Somados são 38,6% dos votos perdidos, ou seja, 94 mil pessoas. Isto é maior que votação de Bernardo Rossi, eleito com 68.420 votos.  E chegar a 100 mil abstenções é um pulo.

    Valerá a pena?

    O desafio dos candidatos, este ano, além de apresentar propostas para a cidade vai ser convencer o petropolitano que vai valer a pena sair de casa pra votar.

    Taí ele de novo: Henrique da Saúde e suas declarações de amor ao ídolo, o prefeito Bernardo Rossi.

    Bandalheira

    Outra situação que a CPTrans faz vista grossa é a parada de veículos para desembarque e embarque na 16 de Março. Estão sempre lotadas de carros trancados, sem ninguém dentro, nem pisca alerta ligado, o que é obrigatório.  Os motoristas realmente transformaram as baias em estacionamentos ”de graça”. A CPTrans também agilmente finge que não vê.

     Ação e reação

    E os ministérios públicos estadual e federal ingressaram com ação judicial contra a reabertura de templos religiosos decretada pelo prefeito Bernardo Rossi para ter início hoje. Os argumentos dos MPs são contundentes e se baseiam nos dados (e falta deles também) da própria prefeitura. Um deles é a quantidade de testes. Apenas 1.081 testes RT-PCR e 5.273 testes rápidos foram feitos através do SUS, o que não chega a 2% da população.  Os MPs assinalam ainda, analisando dados epidemiológicos, que o número de casos e a taxa de letalidade nunca abaixaram ao contrário do que prega a prefeitura.

    Estratégia

    Mas, o que queremos mesmo comentar é que talvez tenha sido uma tentativa de colocar na conta dos MPs. Da seguinte forma: não queremos autorizar a reabertura e o MP também recomenda que nós não o façamos. Mas, vamos fazer assim mesmo porque estamos pressionados. E se for proibido via judicial fica na conta dos MPs e nós ficamos bem na foto com os religiosos.

    Mais consequências

    Porém, o pensamento foi curto. Os MPs não pediram judicialmente apenas o fim da flexibilização.  Querem que a União mande 15 mil testes RT-PCR e 30 mil testes rápidos para examinar pelo menos 10% da população. Também querem que a justiça determine 10 dias de prazo para providências que a Prefeitura vem enrolando há semanas como testagem na saúde básica e inquérito de incidência da Covid-19. Partisans querem dar os parabéns aos estrategistas do governo.

    Preparada

    Uma briga de trânsito entre um Guarda Civil e um motorista acabou sendo filmada.  A cena se passa na Barão do Rio Branco onde, o GC, com carro da Prefeitura, teria dado um “cavalo de pau”. Não se sabe se foi realmente assim, mas a reação do GC que foi xingado e partiu pra briga (foi contido pela turma do deixa disso) é que chama a atenção. O vídeo foi postado nas redes sociais com a pergunta: a Guarda Civil está preparada para trabalhar armada?

    Como assim?

    E o vereador Maurinho, falando sobre um projeto de lei sobre um programa de apoio a mulher com depressão pós-parto (uma boa ação, por sinal), tascou a frase querendo exemplificar a importância da matéria: “a vereadora Gilda Beatriz, mulher e mãe que deve ter muitas amigas que passaram por este problema, eu também já tive…” Misericórdia! A gente nem sabia que Maurinho é trans e muito menos que tinha parido!

     

    Distanciamento social? Não para o vereador Luizinho Sorriso e o presidente da Câmara Hingo Hammes. 

     

     

     

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