Comando da PM cumpre decisão da Justiça e não transfere soldados para o RJ

Na manhã de ontem, o comandante do 26° Batalhão da Polícia Militar de Petrópolis, Eduardo Vaz Castelano, foi intimado por uma oficial de Justiça sobre a decisão do juiz da 4ª Vara Cível de Petrópolis, Jorge Luiz Martins Alves. De acordo com a Ação Civil Pública do Ministério Público Estadual (MPE), as transferências dos policiais não podem ser realizadas, sob pena de multa e até encaminhamento coercitivo a ser cumprido pelo comandante e mais dois oficiais que fazem parte do comando do 26°BPM. No fim da tarde de ontem, o comando da PM decidiu cumprir a decisão. Sendo assim, os cinquenta policiais que atuam no município não irão mais ao Rio para reforçar a segurança da Olimpíada 2016 na cidade do Rio de Janeiro.

A ordem judicial determina ainda que as cinco viaturas e equipamentos emprestados à cidade do RJ sejam devolvidos a Petrópolis. No pedido da liminar e na decisão, o juiz e o MPE argumentam que tal medida compromete a segurança em Petrópolis, levando em consideração os últimos casos de violência ocorridos na região do Centro Histórico e dos distritos. 

Os agentes seriam transportados em um ônibus da corporação durante todos os dias do evento e, consequentemente, subir e descer a serra diariamente. Parentes dos oficiais se mostraram contra a decisão e chegaram a alegar que os policiais não teriam ajuda de custo com alimentação.

A informação foi negada pelo tenente-coronel Eduardo Vaz Castelano, comandante do batalhão do município, que afirmou que todos os gastos com transporte e alimentação sempre são custeados com o dinheiro do caixa de economia da corporação geral do RJ. “Tanto os cursos, ou qualquer tipo de locomoção desses policiais em serviço para outras cidades, sempre são custeados pelo caixa do comando-geral. 

A ajuda de custo nunca deixa de ser paga! Além disso, o nosso batalhão estaria responsável pelo transporte desses policiais”, explicou o tenente-coronel Eduardo Vaz Castelano.