• Domingo é o Dia Mundial de combate a Hanseníase

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  • 30/01/2016 11:00

    A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa que durante anos foi considerada mutilante e incurável, provocando rejeição, discriminação e exclusão na sociedade. Em Petrópolis, a Prefeitura por meio do Programa de Hanseníase desenvolve ações de conscientização sobre a doença e todos os Postos de Saúde da Família (PSFs) contam com equipes treinadas para orientar, diagnosticar a tratar o paciente. 

    Ao longo das últimas duas décadas, tem se verificado um pequeno número de casos novos por ano, com taxa de prevalência menor que a meta estipulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em média são notificados oito casos por ano, de acordo com dados do Programa Municipal de Hanseníase. Além disto, todos os pacientes atendidos no programa realizam o tratamento completo, não tendo nenhum caso de abandono do tratamento.

    “A mobilização da população e o apoio das equipes de Estratégia de Saúde da Família é importante. A hanseníase tem cura e, se for diagnosticada precocemente, pode ser tratada mais fácil e rapidamente”, ressaltou o coordenador do programa, o dermatologista Attílio Valentini, explicando que o diagnóstico é confirmado pelo médico, através do exame clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados na observação de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos braços e pernas.  Em algumas situações, podem ser realizados exames complementares, com biópsia da pele (para histopatológico) e baciloscopia. “É importante que uma vez diagnosticado um caso de hanseníase, todos aqueles de convívio próximo e frequente (comumente os familiares)  devem também ser avaliados”.

    O tratamento – que pode durar de seis meses a doze meses – é disponibilizado gratuitamente em toda a rede de atenção básica e prevê também a garantia dos medicamentos.  A hanseníase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas da história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o mycobacterium leprae, um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.

    Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como face, mãos e pés, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas áreas. 

    Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de prevalência da hanseníase e ainda registra cerca de 30 mil novos casos por ano, sendo o segundo em número absoluto de casos no mundo.

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