Petropolitano, criador da marca oficial dos Jogos Olímpicos, é um dos condutores da Tocha

O petropolitano Frederico Gelli é um dos convidados pelo Comitê Olímpico da Rio 2016 para carregar a Tocha Olímpica em Petrópolis nesta sexta-feira. Responsável pela criação da marca dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, vai fazer o trajeto que vai contornar a Praça da Liberdade. Para ele, que é de uma família tradicional da cidade, participar desse evento em Petrópolis, é um momento especial. O designer contou ainda que foi jurado na escolha da tocha e que vai ser um dos diretores criativos a participar das cerimônias Paralímpicas de abertura e encerramento. Fred é, atualmente, um dos mais renomados profissionais da área de design no mundo. 

Nascido em Petrópolis, se mudou para o Rio aos 8 anos de idade. Mas, na época os avós dele continuaram no município, o que fez com que sempre voltasse à cidade. A família do designer é precursora em negócios de mobiliário no país. A tradicional loja Gelli, foi fundada em 1887 e durou 110 anos. Segundo Fred, o trabalho que desenvolve atualmente tem muita ligação com o que a família fazia. “Meu bisavô João Gelli era designer, assim como eu, mas na época, era conhecido como marceneiro, embora já desenhasse os móveis. Guardo comigo no Rio a primeira cadeira patenteada no Brasil, há 120 anos, que era dele”, contou. Acrescentou ainda que o avô José Felipe Gelli, também tinha um lado artístico, desenhava e pintava. 

Por toda essa conexão histórica, disse ter ficado muito feliz quando recebeu o convite para carregar a tocha. Além disso, coincidentemente, vai percorrer o mesmo caminho onde fica a casa dos avós, perto da Praça da Liberdade. “É também uma conexão emocional”, disse. O convite foi feito há dois meses e ele garantiu que vai reunir toda a família para assisti-lo durante a passagem da tocha. “Estou emocionado e me preparando para o momento. Além de estar vibrante em ver tudo isso se materializando”, comentou, acrescentando que há cinco anos vem acompanhando a organização desse grande evento. “Apesar de todos os problemas econômicos e até a reação negativa dos brasileiros em relação aos jogos, temos que pensar em deixar um legado para o mundo do que temos de mais incrível, que é a nossa energia contagiante”, destacou. 

O designer é dono da Tátil Design e Ideias, que funciona no Rio e também em São Paulo. Foi em 2010, que a empresa onde é sócio com o irmão Gustavo Gelli, ganhou a concorrência, disputada com outras 139 empresas, para fazer a marca dos Jogos Olímpicos de 2016. Em seguida foi convidado para idealizar também a marca paralímpica, a primeira multissensorial da história das Olimpíadas.