• Iphan oficia atuais donos do Casarão da Ipiranga

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  • 25/07/2016 19:24

    O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) oficiou os atuais proprietários do casarão da Avenida Ipiranga, nº 520 – residência que pertenceu ao dramaturgo Aguinaldo Silva. A casa foi vendida e, no mês passado, deu lugar a um restaurante. O Iphan questiona o fato de os novos donos não terem procurado ainda o órgão, uma vez que o imóvel está com algumas pendências – com relação à construção da pousada, que foi embargada, e também ao jardim frontal que, segundo o Instituto, deve ser recuperado, uma vez que o espaço foi completamente concretado. Segundo Chico Cereto, da Superintendência do Iphan do Rio de Janeiro, o ofício dava aos proprietários 10 dias para que se apresentassem na sede do órgão, em Petrópolis. O prazo já se esgotou e nenhum representante procurou o local. O próximo passo é a notificação, com prazo para comparecimento, que deve ser emitida ainda nessa semana. 

    Desde o ano passado, o casarão vem sendo alvo de polêmica na cidade. Primeiro, por conta da construção da pousada, que, segundo o Iphan, foi realizada em desconformidade com o projeto que tinha sido aprovado. Na época, o órgão interditou a construção e sinalizou diversos pontos que deveriam ser revistos durante a obra. Com relação à pousada, considerou que descaracterizava o entorno do conjunto arquitetônico tombado da Avenida Ipiranga, uma das principais ruas da cidade. 

     A ideia era de que o casarão desse lugar a um Centro de Cultura e Artes, mas o imóvel foi vendido no início do ano. O atual dono é um empresário já conhecido na cidade, que é proprietário também do Chalé Paula Buarque, que fica na Praça D. Pedro. 

    Cereto destacou ainda que a casa principal não está irregular, portanto, o restaurante pode funcionar normalmente. Ele ressalta, porém, que os danos causados na área da pousada e no jardim precisam ser recuperados. “A intenção do ofício era de orientar os novos donos com relação às mudanças que devem ser feitas. Como não compareceram, agora vamos notificar”, destacou, dizendo que essa já é uma medida mais incisiva do órgão. 

    Fernanda Zucolotto, nova chefe do escritório da Região Serrana do Instituto – substituta da Candice Ballester, que foi transferida para Brasília –, acrescentou que os fiscais do Iphan devem fazer uma nova vistoria no local a fim de verificar se alguma intervenção foi realizada. “Vamos fazer um levantamento para ver o que ainda está pendente com relação à recuperação dos danos”, disse.

    A equipe de reportagem esteve no local na tarde de ontem, mas encontrou o restaurante fechado. Os atuais donos já foram procurados também pela Tribuna, mas até o momento não se pronunciaram sobre o assunto. 











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