Quantidade de lixo na rampa do Parque São Vicente evidencia falta de cuidado com o espaço e descumprimento do isolamento
No último fim de semana, a Fiscalização de Posturas recebeu denúncias sobre a realização de festas na rampa de voo livre no Parque São Vicente. Mas, quando os agentes chegaram no local, segundo a Prefeitura, já não havia movimentação de pessoas. Mesmo sem o flagrante, não há dúvidas sobre a movimentação no local: a quantidade de lixo descartada pela rampa deixou claro a falta de cuidado das pessoas com o espaço e o descumprimento das medidas que determinam o isolamento social.
O instrutor de voo livre, Flávio Dias, lamentou a falta de respeito e educação com o uso do espaço. Ele registrou em algumas fotos a quantidade de lixo que recolheu da área. “Só garrafas de bebidas, nós recolhemos 180. Eram garrafas de cerveja, vodka, whisky… Fora as garrafas quebradas”, contou. Por iniciativa própria, Flávio voltou à rampa nesta semana junto com a esposa e a filha e recolheu todo o lixo.
A rampa de voo livre por várias vezes foi alvo de vândalos. Placas quebradas, lixeiras danificadas, pichadas e falta de capina são alguns dos sinais da má conservação. O local é uma referência para a prática de voo livre no estado, e é procurada por pilotos e esportistas de todo o Brasil.
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Segundo Flávio, neste período a rampa não está sendo utilizada pelos pilotos, devido à pandemia e as restrições de distanciamento social. “A rampa é um local que poderia sem mais bem cuidado. Em outras ocasiões já registramos roubo de equipamentos. Nós viajamos para outros estados, como Espírito Santo e São Paulo e a estrutura das rampas é bem diferente. Queríamos ver isso aqui também”, disse.
A Prefeitura ressaltou que os decretos municipais de enfrentamento ao coronavírus proíbem a realização de eventos e o Código de Posturas proíbe o descarte de lixo em ruas e calçadas. Garantiu que a Fiscalização de Posturas vai manter as ações para garantir o cumprimento dos decretos.