Equipe da Prefeitura nega lockdown e cita projeto para retorno gradativo do comércio
A equipe técnica da Prefeitura que atua no planejamento e execução das ações de combate ao coronavírus em Petrópolis garante que não há previsão de lockdown – com proibição total de circulação – na cidade. As medidas de isolamento social, segundo os técnicos, garantiram o achatamento da curva de contágio, permitindo que a cidade chegasse ao estágio atual – com maior número de casos suspeitos e internações – em situação melhor do que a de outros municípios. Segundo o prefeito Bernardo Rossi, já há um planejamento para a reabertura gradativa do comércio, mas não confirmou que isso acontecerá no dia 11. Segundo ele, a medida só será autorizada se a cidade conseguir manter a curva de contágio sob controle.
Infectologia da rede, José Henrique Castrioto afirmou que a decisão do governo municipal de suspender aulas, eventos e, logo depois, o comércio, antes do aumento do número de casos foi determinante para que não houvesse colapso no sistema de saúde, como já vem acontecendo na capital e em municípios vizinhos, especialmente na Baixada Fluminense.
“As medidas foram adotadas quando ainda estávamos em nível zero, ou seja, sem transmissão interna. Vimos que isso funcionou fora do país, em muitas cidades italianas. Lá, conseguiram achatar a curva. Foi o que aconteceu conosco também. Nós não estamos encaminhando para o lockdown, mas precisamos manter o esforço para que a curva siga achatada. As precisam se conscientizar disso”, afirmou ele, que está à frente do trabalho no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp, referência no atendimento de pacientes com Covid-19 no município.
O prefeito Bernardo Rossi pediu cautela à população e lembrou a cidade vive o pico da doença, com aumento no número de atendimentos nos pontos de apoio, nas emergências e um maior número de internações. “E sabemos que esses número ainda vão aumentar. Hoje temos leitos de UTI disponíveis para pacientes com sintomas de Covid-19 no Hospital Nossa Senhora Aparecida, mas em breve teremos todos ocupados”, alertou.
“Por enquanto, nosso sistema de saúde está dando conta, mas as pessoas não podem relaxar”, avisou o infectologista.
A secretária de saúde, Fabíola Heck, lembrou o número de pessoas circulando nas ruas segue maior do que o esperado. “É importante que as pessoas fiquem em casa. Pedimos que só quem realmente precisa, saia. Estas devem usar máscara, mas não só isso. É preciso lavar as mãos, usar álcool em gel, e manter o distanciamento de outras pessoas. É isso que vai manter nossa curva achatada. É o que vai permitir que aqueles que precisam encontrem atendimento na rede de saúde”.