Precipício vida
Enfrentamos dias difíceis, quem há de negar? Vivemos no limite do precipício vida, quase caindo escarpa abaixo.
Trememos de muito medo dessa “coisinha” invisível para o olhar humano mas presente no ar que respiramos.
Vitimizados estamos por uma pandemia, que bem poderia ser chamada de pandemônio , porque só pode ser coisa do tal diabo.
Imprevisivelmente o corona-virus vai chegado e se alojando sem aviso, traiçoeiro agente da morte que ninguém sabe de onde vem e nem para onde vai. Como tudo por aqui é “made in china”, também estão dizendo que o vírus é de lá, vem de lá. E já tem gente zangada com essa afirmativa, principalmente a própria China, onde a coisa parece que começou.
Se começou lá ou não, a verdade comprovada é que ganhou as manchetes e está promovendo um rebuliço mundial e um somatório de óbitos assustadoramente crescente.
Medidas tem sido aprovadas diante do flagelo, surgidas a partir das primeiras manifestações, consoante a experiencia e experimentais estudos científicos, avançando os pesquisadores, primeiro em paliativos preventivos e, em seguida, buscando que drogas aplicar para derrotar tamanha droga. E está chegando e as experiências com voluntários já coroam de otimismo a vida que ainda vige… E que precisa ser conservada para que o planeta continue existindo.
A pandemia chegou ao Brasil vinda de todo o globo terrestre. Após as primeiras incidências, a mesa de conferências da OMS, passou a instruir os povos do Mundo sobre as medidas para evitar, combater, eliminar, derrotar e mandar para… (onde, mesmo? – não posso esquecer que estou em um artigo para ser lido por todos e, por assim, deve conter somente vocábulos do bom costume).
Sério agora, digressão à parte, o momento exige o predomínio da fraternidade sobre o egocentrismo; da precaução sobre a irresponsabilidade; da inteligência sobre a burrice; da sensatez sobre o “non sense” político; das mãos dadas – mesmo que virtuais – sobre a soberba da falsa caridade; do cumprimento das medidas preventivas com seriedade, discernimento, no lugar dessa esbórnia na qual vive o povo brasileiro totalmente entontecido pela quarentena, isolamento pessoal, economia à matroca e, principalmente, o descompasso dos governos e das populações que não sabem se usam máscaras, se podem passear como antes, se devem estocar comida e todos perguntando porque virou ouro o tubo de álcool-gel ou se é mesmo de ouro o bujão de gás e porque pessoas do bem distribuem cestas de comida, diante de uma miséria que não estava antes de mãos estendidas pelas ruas e nem se cogitava ser a fome tanta.
Aí, chega o governo, separa uma imensa valise de dinheiro – Deus meu, a salvação do povo! -emergência para quem precisa, entrega-a ao desacerto histórico da empresa CEF, sob burocratizações e regulamentos e ações jurássicas, jogando todos nas filas, em aglomerações, exigindo isso e aquilo, tirando em seguida, colocando outros complicadores, para desespero das mãos estendidas em súplicas. Esbordoa-se a quarentena, o presidente sai do palácio e descumpre as medidas em vigor, estabelecendo um clima tão surrealista que os bigodes de Salvador Dali retorcem-se por cima do sorriso eterno na sua derradeira tela do final da vida.
A morte está mandando seu recado; quem ouve pode tentar manter a vida, mas quem não escutou e nem quer, está no risco iminente de entrar nos fatais números das pesquisas tão ao gosto e apuro dos mecanismos estatísticos e da informação.