MP instaura inquérito para apurar contaminação de novo coronavírus em casa de repouso em Petrópolis

O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro, por meio da Promotoria de Justiça de Proteção ao Idoso, instaurou um inquérito civil para apurar as circunstâncias da contaminação de uma idosa de 85 anos, que estava internada em uma casa de repouso em Petrópolis, pelo novo coronavírus. As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), por recomendação do MPRJ, não podem receber visitas externas. A promotoria tem monitorado e orientado as instituições na cidade.

A idosa deu entrada no Hospital Unimed após uma queda, no dia 12 de abril. No dia seguinte, os médicos perceberam um suposto quadro de coronavirose. E na terça-feira, dia 14, foi realizado o teste rápido que confirmou a Covid-19. Os testes PCR por swab também foram coletados e o resultado deve ser divulgado na próxima segunda-feira. A idosa está internada em leito clínico e seu quadro de saúde é bom.

Segundo o promotor titular da promotoria do idoso, Celso Quintella Aleixo, ainda não há indícios de que tenha ocorrido alguma negligência da instituição que contribuísse para que a idosa fosse contaminada pelo vírus, mas é necessária a apuração das circunstâncias do ocorrido. A companheira de quarto da idosa, embora não tenha apresentado os sintomas, está em isolamento. 

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A preocupação da promotoria é com a fácil propagação do vírus nas ILPIs, especialmente ao se considerar a fragilidade dos internos e a proximidade com que vivem nas casas. “Isso preocupa muito. Estamos acompanhando as ILPIs na cidade há 20 dias. Estamos intensificando a fiscalização e fazendo o acompanhamento, porque isso se espalha muito rápido”, disse o promotor Celso Quintella.

Segundo o promotor, a exemplo do Rio de Janeiro, onde que há casas de repouso com 90% dos idosos contaminados, a preocupação é que em Petrópolis, que tem quase 600 idosos internados nas 13 ILPIs, aconteça situação semelhante. “Se o mesmo percentual de idosos contaminados no Rio de Janeiro se contaminarem aqui, já esgotaria nossa capacidade de UTI”, alertou.

A promotoria oficiou a Vigilância Sanitária do Município para que apresente um cronograma de visitas que serão feitas nestas instituições. Após a confirmação do caso, a vigilância foi notificada pelo MPRJ e visitou a instituição, para que fossem adotadas as medidas de prevenção necessárias. 

Além disso, segundo a promotoria, todas as ações de prevenção estabelecidas pela secretaria de Saúde do município têm sido acompanhadas pelo MPRJ, entre elas a vacinação. Outro inquérito civil já foi instaurado para acompanhar essas ações que vêm sendo feitas em todas as ILPIs de Petrópolis.

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